Aclamação
A Maçonaria no séc. XVIII
restabeleceu dentro de suas LLoj\ a
tradição dos ensinamentos esotéricos ministrados nos santuários egípcios e
continua transmitindo-os aos seus iniciados. Entre egípcios, hebreus, árabes e
outros povos é primevo o uso de vocálicos que têm a finalidade ritual de formar
vibrações (pelas vozes de muitos) que propiciam prerrogativas necessárias a
cada reunião. Na ritualística maçônica um dos usos desses encontros vocálicos é
denominado pelos IIr\ de “Aclamação”, palavra que segundo o dicionário Michaelis significa:
aclamação
a.cla.ma.ção sf (lat acclamatione) 1 Ato ou efeito de aclamar, festejando alguém ou alguma coisa. 2 Declaração conjunta e verbal de uma assembléia, aprovando algum ato, ou elegendo alguém, sem que seja necessário escrutínio. 3 Ato de reconhecer solenemente um soberano. 4 Ret O mesmo que epifonema. |
Cada Rito
Maçônico possui uma Aclamação própria. No Rito Moderno (ou Francês) é “Liberdade! Igualdade! Fraternidade!” No
Rito Adonhiramita é “Vivat! Vivat! Vivat!”
No Rito Brasileiro é “Glória! Glória!
Glória!” Nos Ritos York e Schroeder não existem a Aclamação. Já o R\E\A\A\ é aclamado com “Huzzé! Huzzé! Huzzé!”.
Etimologia
Sua origem dentro da constituição do R\E\A\A\ é inconclusiva, nos primeiros rituais
dos graus simbólicos, editados na França em 1804, não consta nenhuma
interjeição ou aclamação quando à abertura e encerramento dos trabalhos
maçônicos. A primeira menção que ocorre a essa exclamação aparece no
ritual do R\E\A\A\ publicado pelo Grande Oriente da
Bélgica em 1820 e aparece com a grafia Houzzai, transcrição fonética
francesa para a palavra inglesa Huzzah.
A palavra Huzzah por sua vez pode ser
comparada com outras interjeições da língua inglesa, como Hoorah ou Hooray. De
acordo com alguns dicionários ingleses, especialmente o Oxford English
Dictionary,
Huzzah seria uma expressão mais formal enquanto Horray/Hooray teria
um tom mais vulgar. Existem as mais diversas hipóteses sobre a etimologia da
palavra Huzzé, sendo assim as
possibilidades mais difundidas são:
§ Árabe/Judaica: De acordo esta hipótese, à Aclamação pode ser
grafada como Huzza, que é o nome de
uma espécie de acácia, árvore simbólica para a Maçonaria e consagrada ao Sol (como
alegoria da vitalidade e imortalidade) representante da Força e Vigor
(etimologia citada pelo Grande Ritual de
Prática Ritualísticas), ou composta pela raiz O’z e sufixo Zé, significando
“É minha força” uma alusão ao G\
A\ D\ U\;
§ Bíblica/Hebraica: Durante o transporte da Arca da Aliança, a carruagem
que a transportava pendeu-se para o lado, ameaçando virar. Huzzé seu condutor levou
a mão para sustentar a Arca evitando seu tombo, e caiu fulminado ao solo ante a
ira de Jeová, uma vez que profano algum poderia tocar o Símbolo Sagrado, exceto
aos sacerdotes em certas ocasiões;
§ Espanhola/Templária: Existe uma corrente que diz que alguns
Cavaleiros Templários que fugiram da França frente às perseguições do Rei
Filipe e do Papa Clemente V e se refugiaram no sul da Espanha, uniram-se a
população local para combaterem durante a guerra civil que assolava a região e
a cada vitória eles gritavam a palavra Huzzé
em celebração (é válido ressaltar que segundo algumas suposições os Cavaleiros Templários
viriam a possuir a Arca da Aliança, e o R\E\A\A\ teria como um dos elementos de sua
base o próprio Rito Templário).
No seu uso moderno a palavra Huzzah foi localizada como um brado
de brinde ou saudação usado por marinheiros no séc. XVII, e sugere possível
relação com as palavras Heeze e Hissa que seriam cognatos de Hoist
(palavra associada ao içar de
velas na língua inglesa). Posteriormente no séc. XVIII os três "Huzzahs"
foram utilizados pela Infantaria Britânica em algumas ocasiões como antes de
uma investida, para elevar o moral da tropa e na intimidação de um inimigo.
Pronúncia e Utilização
Deve-se
pronunciar a Aclamação “Huzzé” por
três vezes, dando ênfase ao som da letra “H”, a qual exige um sopro mais forte,
e “ZZÉ” como afirmação (epifonema), como que solfejando um Dó bem longo e
terminando em Fá, em maçonaria, Huzzé
é uma exclamação, portanto, deve ser proferida com um sopro forte, como um
brado, em dois sons, para que possa ser respeitada a harmonia musical do
vocábulo a fim de que se conserve todo efeito esotérico desta saudação ao G\A\D\U\, aludindo que este é
Sabedoria, Força e Beleza.
Dentro
de Loja, o V\M\ ordena no início dos trabalhos
a Aclamação Huzzé, que deve ser
pronunciada em uníssono. Essa exclamação vocal prepara o ambiente esotérica e
ritualisticamente formando as vibrações necessárias para o início dos trabalhos
e harmonia dos IIr\ e ao término
dos trabalhos é novamente exclamada para outra vez alcançar a harmonia que pode
ter sido desviada no decorrer dos trabalhos. A Aclamação H\H\H\
é feita via de regra após a Saudação e a Bateria.
Autoria de Tiago Roblêdo M\ M\
Visita Interiora Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem
O Grande Ritual de Prática Ritualísticas do R\E\A\A
Infelizmente, a cada dia que passa, o que se vê são os Ir.: se distanciando cada vez mais dos nossos princípios. Como poderemos servir de exemplo, se no nosso seio, a erva daninha segue crescendo com furor? Voltemos ao caminho indicado.
ResponderExcluirPARABENS PELO CONTEÚDO E PELA PESQUISA, SO3UM BOM OBREIRO DESCOBRE O QUE É NECESSÁRIO PARA O SEU POVO .
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