- Tradução e adaptação Tiago
Robledo
1.
Um
dos aspectos que se pode observar (na Maçonaria) já há algum tempo, é a grande
dificuldade que a Ord\
possui em conseguir
reter os IIr\. Assim (normalmente se
procedem) as coisas, os AApr\ ingressam, permanecem por um
bom tempo, possivelmente cheguem a serem MM\, mas então
não continuam. A princípio começam a faltar frequentemente, então, no caso de
ainda assistirem a Oficina o fazem mais esporadicamente, não participam dos “Pós
Reuniões”, não procuram constituir uma amizade fora da Loj\, e finalmente o indivíduo
começa a se afastar.
2.
Isto
pode se dá por diversas circunstâncias, e também dependerá de cada Loj\
em particular. Entretanto, alguns elementos que se devem levar em conta podem ser
comuns a todas as Loj\ e na verdade a própria Ord\.
3.
A
seguir incluímos aqueles aspectos ou situações que consideramos de importância
(a tal questão), embora reconheçamos a limitação que desta análise em tratar de
todas as situações possíveis que poderíamos ter abordado. Também que os pontos
detalhados são os que podemos notar no geral em nossa Loj\,
embora, acreditem que também poderiam ser notados em outras
:
3.1.
As
Reuniões, no geral não são atrativas. Resumindo a conversa, não é raro que
certamente se irá ganhar o “salário” [1].
3.2.
O
novo ou recentemente iniciado necessita de estímulos de motivação e “fidelização”
ou retenção, em relação à Ordem.
3.3.
Não
se desenvolve no Ir\ um espírito autêntico de família.
3.4.
As
Conferências, Oficinas, Pranchas, não contribuem a sua formação intelectual nem
pessoal.
3.5.
Não
se emprega com um “Plano da Docência” (maçônica) ou similar.
3.6.
Os
Mestres, e referências da Loj\ não comparecem frequentemente
e se o fazem, não participam apresentando PPr\ etc. . Não há exemplos aos quais espelhar-se.
3.7.
O
trato ou comportamento nas LLoj\ e fora delas não constitui
um exemplo ao qual espelhar-se.
3.8.
Não
se realizam atividades de expansão, colaboração, integração ou inserção na
Comunidade.
4.
Com
anteriormente dito, não desejamos esgotar a lista e nem as situações, e sim, assinalar
aqueles pontos que nos parecem mais importantes.
5.
Neste
sentido também desejamos desenvolver cada um das situações listadas no ponto 3.
5.1.
As
Reuniões no geral não são atrativas. Resumindo a conversa, não é raro que
certamente se irá ganhar o “salário”. (3.1)
As
Reuniões são excessivamente monótonas. Cumpre-se com o ritual de ler o
balaústre anterior, a correspondência enviada e recebida, tudo relevante ao
conhecimento geral tal como iniciações, aumento de grau, festejo de
aniversário, etc. Posteriormente circula a Bolsa de Propostas e Informações,
que nem sempre inclui alguma prancha interessante e logo a Bolsa para o Tronco
de Solidariedade. A palavra se concede e assim termina a Reunião.
Nada
especial acontece, é tudo muito formal. O Ir\ não
percebe nada especial nem novo, tudo é excessiva ou exclusivamente
“administrativo”, previsível.
Embora
sejamos conscientes da importância do cumprimento do ritual, o que ocasiona
este tipo de Reuniões é um espectador um tanto aborrecido, sem surpresas,
carente de atrativos.
Nossa
posição é que todas e cada uma das Reuniões devem ser únicas e singulares,
devemos oferecer ao Ir\ a sensação de participar de
uma verdadeira reunião de interesse e que, se eventualmente não assistir,
esteja perdendo algo relevante.
A
apropriada mescla de temas, variedade na quantidade e qualidade de pranchas e IIr\
que as apresentem contribuirão para melhorar o nível das Reuniões.
Por
um lado, se isto se faz fundamental, frequentemente ocorre que pranchas do IIr\
Apr\ e Comp\ são deixas sob o Malhete e
não são lidas em Reunião alguma, com o conseguinte vem o desgosto e a desilusão
por parte do autor.
Embora
exista a possibilidade que algumas pranchas sejam lidas em Câmara, isso de modo
algum substitui a satisfação e o reconhecimento formal frente a toda a Loj\
que o Ir\ em questão tem de apresentar sua própria
prancha em sua Oficina.
5.2.
O
indivíduo recentemente iniciado necessita de estímulos de motivação, “fidelização”
e retenção em relação à Ord\. (3.2)
Em
geral, o Apr\ não recebe uma formação apropriada
apenas através da Câmara. Isso faz que a motivação pela Ord\
tenha um ponto excessivamente frágil ou débil no seu próprio início, naquilo
que faz o alicerce ou ponto de partida para a “formação” do Apr\.
Por
sua vez, no caso de se realizar a Câmara, os temas desenvolvidos não têm uma
ordem específica, tanto do ponto de vista docente como tampouco maçônico.
Isto
também tem haver com a ausência de um “plano estratégico para o ano” do próprio
Quadro da Loja, que vincule seu plano com o aspecto de formação propriamente
dita do recém-iniciado.
Na
verdade pode ser dito que neste ponto temos dois componentes, o primeiro
relacionado com a motivação e introdução à Ordem, e o segundo de uma
(idealização e) execução continuada, já que concatena aos conceitos de fidelização
e retenção em si.
Este
segundo conceito não é singular, mas sim, refere-se a uma execução em distintos
momentos (e situações), qual influi em grande parte dos demais pontos que já apresentamos.
5.3.
Não
se desenvolve no Ir\ um espírito autêntico de família.
(3.3)
O
ponto anterior deve incluir forçosamente uma relação da história e importância
que teve a Loj\ desde seu princípio.
Se
os AApr\ não sabem muito bem de onde vieram, será
equivocada a ideia para onde toda a Ord\ irá, e mais particularmente a
própria Loj\, é muito provável que não
lhes sejam interessante se envolver e reconhecer efetivamente como um membro da
Loj\ de um modo realmente comprometido e não apenas de
um ponto de vista meramente administrativo.
A
coleta e composição de informação são neste caso um dos pontos críticos para
assinalar aos novatos a importância de sua Loj\, em
quais jornadas ela entrou, as personalidades que ali passaram e também quem
atualmente faz parte da mesma.
5.4.
As
Conferências, Oficinas e Pranchas não contribuem a sua formação intelectual nem
pessoal. (3.4)
Como
dizíamos em um dos pontos anteriores, as jornadas na Loj\
devem ser únicas e singulares do ponto de vista de crescimento pessoal do Ir\.
Um
plano adequado e organizado convenientemente de conferencistas deveria ser um
tema mandatório a considerar. E não se está referindo a um tema exclusivamente
maçônico, e sim, a qualquer tema ou situação (relevantes) da atualidade.
Também
um ordenamento e sequencia inter-relacionada das PPr\
que se proponham e apresentem, de modo de a não se perder uma continuidade.
Do
mesmo modo, a participação da Loj\ em Conferências em outras LLoj\
constitui-se em um elemento indispensável.
Embora
entendamos que há uma grande variedade de temas pelos quais os IIr\
podem interessar-se, devemos lhe dar a oportunidade de vinculá-lo com o melhor
existente em nosso meio.
Acreditamos
ser conveniente considerar aqui o conceito de “benchmarking” que é um termo oriundo do marketing, e que significa
ou inculca a ideia de comparar-se sempre com um padrão a seguir, um modelo a
imitar ou uma posição a alcançar.
Assim
então deveríamos avaliar qual nível nós deveríamos estar para que o IIr\
sinta-se atraído e qual nós possamos estar à altura dos melhores conferencistas
(sejam estes IIr\
ou não, também devemos nos comparar com outras instituições que ofereçam debates,
oficinas ou seminários sobre temas específicos a seus associados, terceiros,
etc.). Contudo, o ponto anterior possa ser um conceito um tanto “técnico” em si
mesmo.
Um
ponto que consideramos essencial é retomar o costume das Cerimônias Especiais,
onde ao menos, poderíamos convidar às cunhadas, sobrinhos, etc. De modo que
estes também se sintam participantes das atividades da Ord\[2]
e, como em
alguns casos nos tem impelido a assistir, não com um conferencista em especial,
e sim com um grande espetáculo artístico para seus espectadores[3].
Naturalmente,
o ideal seria que pudéssemos oferecer digamos duas ou três Cerimônias Especiais
abertas ao público (a membros da família e terceiros) de modo a também nos
inserir (enquanto Maçons) na Comunidade. (ver ponto 5.8)
5.5.
Não
se emprega um plano de docência ou similar. (3.5)
Este
ponto é parte indivisível dos outros, e essencialmente a “pedra angular” de todas
estas reflexões.
Um
plano que deve incluir os três graus simbólicos de nossa Loj\,
e não exclusivamente aos AApr\.
Estimando
que todos fossem a uma nova excursão pelas Câmaras, ao menos periodicamente.
5.6.
Os
Mestres, e referências da Loj\ não comparecem
frequentemente e se o fazem, não participam apresentando PPr\ etc. . Não há exemplos aos quais
espelhar-se.
Entendo
que este é um ponto também de primeira grandeza. A presença contínua dos MM\
é um fato que induz ao recém-chegado a analisar quem está presente, que
atividade possui, qual modo de proceder pratica, como poderá se fiar em seu
desempenho dentro e fora da Ord\ etc. De modo que seja uma “referência”
válida para o Ir\ Apr\
e também uma opção adicional para suas consultas.
Em
geral são muito poucos os MM\ que apresentam pranchas que
acarretem o efeito de entender como puderam galgar ao terceiro Grau, não há uma
obrigação formal de apresentar PPr\ e as contribuições costumam
ser pequenas (quando deveria ser justamente ao contrário).
Embora
geralmente nós estejamos trabalhando no primeiro grau simbólico, somos
observados como MM\ MM\
e nosso compromisso deve ser maior.
Por
outro lado, um exercício e compromisso dos MM\ deve
ser também o de recompor todas as colunas da Loj\ e
ocupar-se de chamar e convidar novamente a assistir às Reuniões a todos aqueles
que possam estar ou não afastados ou que em ocasiões não assistam por motivos
profanos.
A
ação anterior, naturalmente beneficiará a Loj\ em si
mesma, como também ao próprio M\ que fazia muito ou algum
tempo que não comparecia. Afinal sentir-se querido, sentir-se chamado por um Ir\
fraterno sempre é reconfortante e gerará uma sinergia especial, segundo nosso entender.
O
fato qual ocasionalmente, ao circular a Bolsa para o Troco de Solidariedade,
algum Ir\ contribuem por si e por algum outro Ir\
cujo nome menciona[4]
não substitui a presença física na Loj\.
5.7.
O
trato ou comportamento nas LLoj\ e fora delas, não constitui
um exemplo ao qual espelhar-se. (3.7)
O
ponto fundamental de ser um homem Livre e de Bons Costumes, como condição “sine
qual non” conflita frequentemente com as condutas dentro e fora da Loj\,
os IIr\ sejam estes de que Loj\
forem.
Escândalos
em que nós vemos envoltos, situações pessoais que circulam por ai etc., geram
uma sensação de insatisfação e de receio por parte do Ir\
que, enfim sempre se vê afetado (em alguma medida) pela ação de outro IIr\.
Isto
inclui também o comportamento, o modo de falar usado e mesmo as intervenções
dentro da própria Loj\.
Ou seja, inclui tudo que suceder em nossa Ord\ e
fundamentalmente na vida profana.
Ante
esta ou aquela circunstância desejo me espelhar a esse ou aquele Ir\ ou desejo tomar distância do
tema ou ato que se “circula”?
E
eis-nos aqui, tratando de desembaraçar tal circunstância.
Reconhecemos
a dificuldade deste ponto e que naturalmente não se pode “legislar” nem acordar
nada em particular sobre o mesmo, e muito menos corrigir a conduta do terceiro
em questão, uma proposta que fazemos é de assumirmos pessoalmente o compromisso
de atuar da melhor forma possível dentro e fora da Ord\.
Não
nos esqueçamos de que todos e cada de nós um somos referência para aqueles que
nos sucedem. Embora nem sempre estejamos conscientes nem assumamos pessoalmente
essa questão.
5.8.
Não
se realizam atividades de expansão, colaboração, integração ou inserção na
Comunidade. (3.8)
Este
é um aspecto que devemos considerar não somente a Loj\
e sim o Oriente como um todo.
Estrategicamente
desejamos sair da Ord\, também de sermos conhecidos
e notados como entre outras coisas, uma entidade de serviços a terceiros (sejam
IIr\ ou não)?
É
nosso entender que este ponto em particular pode ser atrativo e sedutor para os
novatos e para os não tão novos também.
Embora
um plano estratégico dependesse no geral do Oriente como um todo, de todo o modo
temos em nossa Aug\ e Resp\
Loj\ Simb\ como responsabilidade própria e de interesse de
terceiros, o “gerenciamento” de suas obras de filantropia e beneficência[5]. O
qual de início nos proporciona uma boa razão para sair à vida profana com um
fruto e trabalho direto de nossa Loj\.
Com
anteriormente dito, quisemos desenvolver e compartilhar nosso entendimento em
relação com um tema qual sempre nos preocupou, qual é o da retenção (ou
resgate) dos IIr\ que por diferentes motivos
se afastam da Loj\. O tema não está esgotado,
existem também motivos psicológicos e pessoais que certamente também terão sua
influência, embora estes pontos excedem o alcance de nossos conhecimentos e
formação profissional. Para expô-los na presente Pr\
é pretendido difundir na Loj\
nossas “rusgas” e “problemas” com o tema e nossas ideias dos motivos que
originam o abandono paulatino das LLoj\ como também o modo de
enfrentá-los.
Valle de Buenos Aires
A los 22 días del mes de
Diciembre de 2008, E\V\
PD: esta es una Plancha
Bi-nacional, ya que fue pensada y ordenada en el V\ de Asunción y finalmente
escrita en el V\
de Buenos Aires
[1]
Os
Graus acabam sendo concedidos por mera formalidade e não por real mérito do
obreiro.
[3]
No
original "sino con la Orquesta de Cámara dirigida por Don Luis Szaran, que
en esa jornada ejecutara temas de nuestro H.: Wolfgang A. Mozart.”.
[4]
Isto
serve para que também os AApr\ tomem ciência da existência
de outros IIr que não compareceram, mas que também compõem a Loj\.
[5]
No
original “Cent.: Aug.: y Resp.: Log.: Aurora del Paraguay Nº 1, como
responsabilidad propia y hacia terceros, el “gerenciamiento” de la FUNDACIÓN ESPERANZA.”
Perfeito este artigo meu Ir.'.!
ResponderExcluirBelo trabalho Ir.'.
ResponderExcluirTrabalho maravilhoso, que pontua com propriedade, aspectos que passam desapercebidos, mas que são essenciais e relevantes para a Ordem.
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