- Tradução e adaptação por
Tiago Robledo
Existe uma
tradição entre os Maçons da Escócia qual lega que após a dissolução dos
Templários, muitos destes cavaleiros designados para a Escócia colocaram-se sob
a proteção de Robert Bruce. Após a decisiva batalha de Bannockburn, qual ocorreu no dia de São João Batista (celebração do
solstício de verão no hemisfério norte) em 1314, Robert Bruce teria então
instituído a Ordem Real de Heredom e dos Cavaleiros da Rosa Cruz estabelecendo sua
sede principal em Kilwinning. Desta
Ordem, mesmo que de modo improvável, o atual grau de Rosa Cruz de Heredom teria
se originado.
Qualquer que
tenha sido a origem e fundação da Ordem Real da Escócia, esta clama ser a mais
antiga, se não for de fato, Ordem Maçônica de Cavalaria, o que provavelmente é verdadeiro.
A Ordem dos Cavaleiros Templários Maçons foi instituída por Maçons, mas tem muito
pouco de Maçônico (no que tange o ofício da construção) em seu Ritual.
No que diz
respeito à verdadeira história da Ordem, não há evidência presuntiva, de uma
Grande Loja Provincial reunida em Londres em 1696 ou provas indubitáveis para atestar
que em 1730 tenha havido uma Grande Loja Provincial da Ordem no sul da
Grã-Bretanha, qual se reuniria em Thistle
e Crown, em Chandos Street Charing Cross, cuja formação foi descrita como sendo
de “Tempo Imemorial”.
De acordo com
Thory, o príncipe Charles Edward Stuart em 1747, emitiu sua famosa Carta Arras,
no qual ele afirmava ser o Soberano Grão Mestre da Ordem Real[1].
SOBRE O TEXTO E TRADUÇÃO
Para a tradução
destes textos (os Graus de Heredom e Rosa Cruz) foram uados duas diferentes
versões em inglês relativamente moderno, pois ainda conservam algumas
expressões e palavras um tanto arcaicas. Para alguns termos mais obscuros
outras traduções de Antigas Obrigações foram consultadas a fim de se manter um
alinhamento com a fraseologia maçônica de nossa língua e certa fluidez ao
texto.
Quanto ao
belíssimo conteúdo em si, pode ser visto claramente a exaltação a Maçonaria Escocesa
e sua predileção religiosa (cristã e católica), além de um subtexto que evoca
uma descendência da cavalaria daquele país. Para a formatação foram usados os
recursos de hipertexto a fim de dar uma melhor didática ao leitor, notas
explicativas foram ainda incluídas a fim de esclarecer algumas passagens do
texto.
HEREDOM DE KILWINNING
O Grau de
Heredom é dividido em duas etapas geralmente sendo descritas como a “Passagem pela
Ponte” representada pelas Seções I a IX e a outra, a “Admissão no Conselho da
Sabedoria” representada pelas Secções X a XV. Costuma-se ter pelo menos duas
Câmaras, uma para preparação do Candidato, e outra para a Cerimônia chamada convenientemente
de “Câmara de Recepção”. O que se segue é uma descrição da disposição da Câmara
de Recepção.
No extremo oriental
há um estrado no centro com um assento de cada lado no qual o Tirshatha (ou Governador,
o presidente do Capítulo) fica posicionado. O assento à direita (Norte)
permanece sempre vago, ele é mantido para o Rei da Escócia (atualmente da
Grã-Bretanha), que é o Grão Mestre hereditário da Ordem, um manto e coroa reais
ou outros emblemas da realeza devem ser colocados neste assento. O assento da
esquerda é para o próprio Tirshatha. Os dois Guardiões ficam sentados no Ocidente,
o 2º Grande Guardião de frente para o Tirshatha, e o 1º Grande Guardião de
frente para o assento vago. Os Irmãos ficam sentados ao longo dos lados Norte e
Sul da Câmara. A mesa do Secretário é no extremo oriental no lado Norte, e o
Tesoureiro ocupa um assento correspondente no lado oposto. O Grande Marechal
(que também é o Condutor) senta-se no Ocidente no lado Norte e seu adjunto (ou
Delegado) no lado Sul. Os assentos do Grande Porta Espada e do Grande Porta
Estandarte são colocados nos cantos Nordeste e do Sudeste respectivamente
abaixo do estrado. Eles mantêm em suas mãos a Grande Espada e o Grande Estandarte
ao longo das Cerimônias, tanto do 1º Grau Heredom quanto do 2º Grau de Rosa
Cruz (é permitido quando sentados, assentarem a Espada entre os joelhos e o
Estandarte em um suporte de chão). É seu dever atender ao Presidente da Sessão
quando este precisar deixar o Trono. No Cortejo, o Grande Porta Espada precede,
enquanto o Grande Porta Estandarte segue o presidente.
O Grande Guarda
fica posicionado do lado interior da porta do cômodo, e seu adjunto (ou
Delegado) fora. A porta de entrada se possível deve ser no Norte, o Candidato supostamente
é vindo de um lugar de trevas em busca de luz[2].
A posição da
Torre de Refrescamento é ao Sul. Ela deve ser posicionada sobre uma ponte
levadiça ou sobre uma plataforma. A ponte levadiça está no Oriente da Torre e a
entrada das escadas na parte Ocidental qual o lance mais baixo está no lado Norte.
A ponte levadiça só é baixada quando a Característica do Candidato estiver a
ser transmitida por ela. As escadas pelo qual o Candidato supostamente deve ganhar
admissão na Torre é dividida em três lances, o mais baixo consiste de sete degraus,
o segundo de cinco, e o mais alto de três. O Grande Introdutor e Examinador fica
no Oriente da Torre e o Grande Sentinela da Torre (descrito como “Vigia” nas
Seções VIII e IX) no Ocidente.
Colunas (como na
Maçonaria de São João) e pequenos malhetes de marfim são colocados nos
pedestais do Tirshatha e dos dois Guardiões. O Tirshatha também necessita de um
par de Compassos e o 1º Grande Guardião um Esquadro, um Nível e um Prumo para
uso na Seção VII. No altar, que é disposto no centro do cômodo, a Bíblia
(colocada sobre uma almofada carmesim e aberta no Livro de Juízes), o Esquadro
e um par de Compassos, são dispostos como no Grau de Mestre Maçom. O Altar e os
pedestais devem estar encobertos por tecidos vermelhos com franjados da mesma
cor.
Na entrada de
qualquer Irmão depois do Capítulo ser aberto, ele deverá dar o Sinal Penal do
Grau e se curvando em saudação, tomar o seu lugar sem maiores cerimônias.
PROCEDIMENTO ANTES DE ABERTURA DO CAPÍTULO
Os Irmãos são reunidos
no cômodo do Capítulo. O Delegado[3]
Grande Guarda dá uma batida na porta, que é então aberta pelo Grande Guarda. O
Grande Mestre de Cerimônias chama os Irmãos a Ordem (todos os Irmãos de pé e o
GG empunhando a Espada) e anuncia que o Grão Mestre Provincial está prestes a
entrar no Capítulo. Ele então recebe o Cortejo e o conduz ao Oriente na
seguinte Ordem
Grande Mestre
de Cerimônias;
Delegado Grande
Marechal / Grande Marechal;
Grande Capelão
(portando a Bíblia);
Pasts
Delegados Grandes Mestres Provinciais;
Delegado Grão
Mestre Provincial;
Past
Grão Mestres Provinciais;
2º Grande
Vigilante / 1º Grande Vigilante;
Grande Porta
Espada;
Grão Mestre
Provincial;
Grande Porta Estandarte.
O Cortejo
prosseguirá pelo Norte ao Oriente. O Grande Capelão deve colocar a almofada com
a Bíblia, etc., sobre o Altar (o Cortejo é pausado para isso) e, em seguida,
retorna ao seu lugar no Cortejo. O Cortejo deve parar e formar uma coluna dupla
a uma distância conveniente do Trono, os Grandes Vigilantes são os últimos. O
Grande Porta Espada, o Grão Mestre Provincial e o Grande Porta Estandarte passam
através da coluna, o Porta Espada tomando seu lugar à frente da coluna do Norte
e o Porta Estandarte a frente dele na coluna Sul. Quando o Grão Mestre
Provincial chega ao Trono, Os Portas Espada e Estandarte rumam para seus
lugares, o Mestre de Cerimônias conduzirá os principais Oficiais para o
tablado, e o Grande Marechal e seu Delegado avançam e conduzem os 1º e 2º
Grandes Guardiões respectivamente, para seus assentos no Ocidente.
Por
ocasião da visita de uma delegação da Grande Loja ou Grande Loja Provincial, o
Grande MC e Grande Marechal devem após o anúncio do Grande Guarda, rumar para a
porta e conduzir os Irmãos para Oriente do Altar onde serão recebidos pelo Grão
Mestre Provincial e tendo sido escoltados a seus lugares, tomam seus assentos.
Após o Cortejo ter
sido formado, o Grande Marechal entra na Câmara e diz: Irmãos, à ordem.
Os Irmãos ficam
de pé, o Grande Guarda saca sua Espada, e o Cortejo entra na Câmara de Recepção,
enquanto o Grande Organista toca música apropriada.
Durante a
entrada do Cortejo, o Grande Guarda fica de lado e assume a posição na porta com
sua Espada em posição de descansar.
O Cortejo passa
entre os assentos dos Guardiões e se divide em duas Colunas. O Cortejo para
momentaneamente para permitir que o Grande Capelão[4]
coloque a almofada com a respectiva Bíblia sobre o Altar, quanto então ruma em
direção ao Oriente e, a uma distância conveniente do estrado, se detém e retorna
para o Cortejo.
O Grão Mestre
Provincial, precedido pelo Grande Porta Espada e seguido pelo Grande Porta Estandarte,
passa através das duas Colunas assim formadas. O Grande Porta Espada e Grande Porta
Estandarte param na extremidade oriental das Colunas e voltam-se para dentro, de
frente um para o outro.
Assim que o Grão
Mestre Provincial toma seu lugar no trono, o Grande Porta Espada e Grande Porta
Estandarte seguem para os seus lugares, os Grandes Mestres Adjunto e Substituto
Provincial e qualquer Past Delegado e
Grandes Mestres Substitutos Provinciais ocupam seus lugares no estrado.
O Grande Marechal
e o Delegado Grande Marechal conduzem os Grandes Guardiões para os seus lugares
no Ocidente e os demais Oficiais seguem para os seus devidos lugares. O Guarda então
embainha sua Espada.
GM: Irmãos, sentemo-nos.
ABERTURA DO GRANDE CAPÍTULO PROVINCIAL
Tirshatha[5]
dando uma batida pela qual os Irmãos ficam de pé: Irmãos, estou prestes a abrir o Grande Capítulo Provincial.
Reto e Digno 2º Grande
Guardião, qual é o primeiro dever de um Irmão da Ordem Real?
2ºGG:
Reto e Venerável Tirshatha, é verificar
se o Capítulo está devidamente bem guardado contra os Mestres Maçons,
Companheiros e Aprendizes Aceitos, bem como contra o resto do mundo além.
Tirshatha:
Vós sois um Irmão desta Ordem?
2ºGG:
Fui tão honrado.
Tirshatha:
Então fazei o seu dever.
O 2º Grande Guardião dá as
batidas do Grau, ··
·, ··
·, ··
·, que são
respondidas na porta pelo Grande Guarda e pelo Delegado Grande Guarda.
2ºGG:
Reto e Venerável Tirshatha, o Capítulo está
devidamente guardado.
Tirshatha:
Declaro o Grande Capítulo Provincial
aberto.
O Tirshatha dá as batidas do
Grau, que são repetidos pelos Grandes Guardiões, pelo Grande Guarda e pelo
Delegado Grande Guarda. O Tirshatha dá o Sinal Penal que é repetido pelos
Irmãos. O Grande Capelão vai para o Altar, abre a Bíblia no Livro dos Juízes,
organiza o Esquadro e os Compassos como no Grau de Mestre Maçom, com as pontas
dos Compassos voltadas para o Norte, saúda o Tirshatha e retorna a seu lugar.
Tirshatha:
Irmãos, sentemo-nos.
Quaisquer pautas antes da
reunião devem agora ser tratadas.
NOTAS
Ao longo das
Cerimônias apenas as batidas do Grau são repetidas pelos Guardiões e pelos Guardas.
As batidas singulares do presidente não são repetidas pelos Guardiões.
Quaisquer
Irmãos ilustres presentes na abertura do Capítulo deverão ser apresentados ao Tirshatha
pelo Grande Marechal antes da pauta da Ordem do Dia ter começado.
Qualquer Irmão familiar
ao Grande Guarda que venha chegar após o Capítulo ter sido aberto deve ser
admitido sem anúncios. Ele faz o Sinal Penal do Grau e, curvando-se em saudação,
toma seu lugar.
É desejável que
o Proponente e o Segundo do Candidato devam apresentá-lo para o Grande Marechal
antes do início da reunião. O Grande Marechal vai conduzi-lo para a Sala de Preparação
e vesti-lo com o avental de um Mestre Maçom. Nenhum outro paramento maçônico
pode ser usado pelo Candidato.
RECEPÇÃO DO CANDIDATO
Tirshatha:
Irmão Grande Introdutor e Examinador (o
Grande Introdutor e Examinador deixa seu lugar, vem para o centro da Câmara e saúda
com o Sinal Penal) vós ireis se retirar
para a Câmara de Preparação e examinai o Candidato em todos os Sinais, Toques e
Palavras dos três graus da Maçonaria de São João e comunicai o resultado do seu
exame a mim.
O Grande Introdutor e
Examinador saúda e se retira, a porta é aberta para ele pelo Grande Guarda. Visto
que a Ordem Real existe, nomeadamente, para a preservação de pureza da Maçonaria
de São João, o Candidato deve ser cuidadosamente examinado em seu conhecimento
de todos os três graus.
Depois de concluir o seu
exame, o Grande Introdutor e o Examinador retorna para a porta da Câmara e dá
as batidas do Grau. O Grande Guarda abre a porta o suficiente para ver quem
está lá, fecha-a, dá um passo à frente e com a sua Espada desembainhada
apresenta armas. Ele retorna a Espada à posição de descansar e informa:
GG:
Reto e Venerável Tirshatha, o Grande
Introdutor e Examinador requer admissão.
Tirshatha:
admiti-lo.
O Grande Guarda leva o punho
da sua Espada para os lábios em reconhecimento do comando, devolve a Espada para
a posição de descansar e, abrindo a porta, admite o Grande Introdutor e Examinador.
O Grande Introdutor e Examinador segue para frente até um ponto entre os
assentos dos Guardiões, saúda com o Sinal Penal e diz: Reto e Venerável Tirshatha, o Candidato foi examinado e atestado como
bem versado nos três graus da Maçonaria de São João.
Tirshatha:
Irmão Grande Introdutor e Examinador vos
retireis e introduzis o Candidato.
O Grande Introdutor e
Examinador saúda e se retira, a porta sendo aberta para ele pelo Grande Guarda.
A partir da Câmara de Preparação ele conduz o Candidato à porta da Câmara de
Recepção e dá as batidas do Grau.
O Grande Guarda apresenta armas,
retorna para a posição de descansar e diz: Reto e
Venerável Tirshatha, há um informe.
Tirshatha:
Sabeis quem procura a admissão.
Grande Guarda reconhece o
comando levando o punho da Espada aos lábios e depois a posição de descansar,
abre a porta, vai para fora e, fechando a porta atrás de si, aborda o Introdutor
e Examinador:
Quem vem lá?
GI&E:
O Irmão _______, um Mestre Maçom de uma
Loja dedicada a São João, humildemente rogando para ser admitido como um membro
da Ordem de Heredom de Kilwinning.
GG:
Aguardeis enquanto informo ao Reto e
Venerável Tirshatha.
O Grande Guarda abre a porta,
entra novamente na Câmara, apresenta armas, retorna para a posição de descansar
e diz: Reto e Venerável Tirshatha, na porta do
Capítulo está o Irmão _______, um Mestre Maçom de uma Loja dedicada a São João,
que humildemente deseja de ser admitido como um membro da Ordem de Heredom de
Kilwinning.
Tirshatha:
Deixai que seja admitido.
O Grande Guarda reconhece o
comando como antes, abre a porta e admite o Grande Introdutor e Examinador e o Candidato.
O Candidato é recebido pelo Grande Marechal. Grande Introdutor e Examinador toma
seu lugar. O Grande Guarda fecha a porta, embainha sua Espada e retorna a seu
lugar. O Grande Marechal conduz o Candidato a uma posição em frente ao Tirshatha
no Oriente. O Tirshatha saúda o Candidato e explica que a Instrução neste Grau
toma a forma de uma série de leituras a quais ele deve ouvir com muita atenção.
O Tirshatha comanda ao Grande Marechal que conduza o Candidato para o Ocidente
e o coloque em um assento entre os dois Guardiões.
LEITURAS
SEÇÃO I
Tirshatha:
Reto e Digno 1º Grande Guardião (de pé e saúda) que sois vós?
1ºGG:
Um Mestre Maçom.
Tirshatha:
Qual é o mais alto e sublime Grau da
Maçonaria?
1ºGG:
A Ordem Real de Heredom de Kilwinning é
assim chamado.
Tirshatha:
Onde a Ordem foi estabelecida pela
primeira vez?
1ºGG:
No topo sagrado do Monte Moriá no Reino
da Judéia.
Tirshatha:
Onde foi depois restabelecida?
1ºGG:
Em Icolmkill[6],
e depois em Kilwinning, onde o Rei da Escócia foi o primeiro a assentar-se como
Grão Mestre.
Tirshatha:
Com qual intento ela foi restabelecida e modificada?
1ºGG:
Para corrigir os erros e reformar os
abusos que haviam inseridos em meio aos três graus da Maçonaria de São João.
Tirshatha:
Quais são as qualificações necessárias
para ser admitido na Ordem?
1ºGG:
Temperança, Coragem e Justiça.
Tirshatha:
Como vós descobristes um Irmão da Ordem?
1ºGG:
Por Cinco Pontos, uma Palavra e uma
Insígnia.
Tirshatha:
Por que pontos? Explique.
1ºGG:
Pelos Pontos de Companheirismo Hiram foi erguido,
e uma Palavra, em seguida, foi dita, o rei Salomão deu-me um título e
conferiu-me esta Insígnia (ele
coloca a palma de sua mão em seu avental).
Tirshatha:
A insígnia vejo que vós possuís e porta,
dai-me também a Palavra.
1ºGG:
Machaben.
Tirshatha:
O que significa esta Palavra para o Irmão?
1ºGG:
O Construtor Está Morto.
Tirshatha:
Seu Nome e Título também vos exijo.
1ºGG:
Giblim é o meu Título e Adoniram é o meu Nome,
e de uma Loja justa e perfeita vim.
Tirshatha:
Bem-vindo, três vezes calorosamente, Reto,
Digno Irmão e Altamente Honorável, o que vós procurastes?
1ºGG:
A Palavra que foi perdida, e que por sua
ajuda espero encontrar.
Tirshatha:
Vós ireis viajar?
1ºGG:
Viajarei.
Todos
de pé: Iremos viajar de Oriente a
Ocidente, de Norte a Sul, até encontrar aquela Palavra. Esta resposta deve ser proferida ou recitada
pelos Irmãos, que ao mesmo tempo devem dar a primeira parte do Sinal Penal. O Sinal
deve ser repetido ao final de cada Seção; com exceção da Seção X. Os Irmãos
completam o Sinal ao final da resposta. Os Irmãos permanecem de pé, enquanto um
Cortejo é formado desta maneira:
O Grande Guarda deixa o cargo e vai para o Altar. Ele levanta a almofada
com a Bíblia aberta, Esquadro e Compassos acima dela.
Ele se posiciona entre o Altar e os Irmãos no Norte e espera até o Porta Espada,
o Tirshatha e o Porta Estandarte, tomarem seus lugares atrás dele. Quando eles
estão prontos, ele ruma lentamente, conduzindo o Cortejo em volta da Câmara de
Recepção no sentido anti-horário. O Grande Organista toca música suave
apropriada. À medida que o Cortejo passa, os Guardiões deixam suas cadeiras e
assumem sua posição imediatamente atrás do Porta Estandarte, o 1º Guardião
atrás da Porta Estandarte, o 2º Guardião atrás do 1º Guardião. Outros Irmãos podem
se juntar ao Cortejo atrás dos Guardiões, o número a fazê-lo dependerá do quórum
presente e do tamanho da Câmara. O Cortejo é completado pelo Marechal e o
Candidato que se juntam à parte traseira. O Cortejo faz três voltas completas pela
Câmara, movendo-se no sentido anti-horário pelo Norte, Ocidente, Sul e Oriente.
No final da terceira
perambulação, o Grande Guarda passa para o lado Norte do Altar, deposita a
almofada com a Bíblia, Esquadro e Compassos, com os pontos de frente para o
Norte no Altar. Ele retorna ao seu lugar na porta e toma a sua Espada.
O Tirshatha para no lado Sul do
Altar com o Grande Porta Espada à sua direita e o Grande Porta Estandarte à sua
esquerda. O Grande Capelão fica ao lado do Grande Porta Estandarte. Os Irmãos restantes
passam em volta por trás desses Oficiais e formam um círculo no centro da
Câmara. Os dois Grandes Guardiões ocupam seus lugares no lado Norte do Altar e
deixam espaço para o Grande Marechal conduzir o Candidato entre eles para o
lado Norte do Altar, perto do genuflexório. O Candidato então é convidado a
ajoelhar-se no genuflexório.
Tirshatha:
Oremos.
Todo-Poderoso e Eterno Pai,
nós Te agradecemos por enviar ao mundo Vosso Filho querido, que, depois de dar
um exemplo brilhante e glorioso para nós seguirmos e ter sofrido por causa das
nossas transgressões na cruz, ressuscitou no terceiro dia triunfante da
sepultura para nossa justificação, e subiu aos céus, destruindo assim a morte e
restaurando-nos para a vida eterna. Seja misericordioso com este Candidato, e
conceda que ele possa assim servir-Te aqui, como receber a seguir uma coroa de
alegria. Pelo Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus, toda glória, honra e
poder, agora, doravante e para sempre.
Todos:
Que assim seja!
Tirshatha:
Colocai vossas duas mãos sobre a Bíblia. Irei
repetir a Obrigação e no final eu irei perguntar se vós a aceita como sua
própria.
O Candidato coloca as duas
mãos sobre a Bíblia.
Tirshatha:
Para cada obrigação e cada voto
Que certamente foi
administrada para vós,
Em justa e perfeita Loja, com
toda a solenidade,
Ao passar pela Maçonaria de
São João;
Prometei agora da forma mais
sincera,
Na presença do Deus que todos
nós reverenciamos
E desses Cavaleiros e Irmãos
da Arte
A quem vós seus segredos poderá
transmitir,
Que vós sempre ireis manter,
guardar e velar,
E em tempo vindouro nunca irá
revelar
Ou a Mestre Maçom, Companheiro
do Ofício ou Aprendiz
Da Ordem de São João, o nosso
grande objetivo é
Que vós não ireis escrever,
imprimir, marcar, pintar, cortar, esculpir ou gravar
Em qualquer coisa pela qual possam
compreender
Um Toque, Sinal, Palavra ou Símbolo
Qual a esta Ordem Real acaso pertença;
E que vós nunca ireis revelar
o mesmo
Para um mortal, de dia ou
noite,
Exceto para um Irmão Real ou
um Cavaleiro,
Ou em um Capítulo, perfeito e
completo,
Em devida e apropriada forma
como o fazem para reunir-se;
E que, sob a pena não menos
grave
De ter sua cabeça arrancada
do corpo,
E ter a mesma encravada nesta
Torre
(Se a Torre for visível, a
cortina deve ser retirada por um momento, e o Tirshatha aponta para a Torre)
Por tais ações tão transgressoras
de proferir.
Ter vosso corpo também cortado
em triângulo,
E o mesmo em uma sombria
masmorra lançado,
Havendo de perpetuar como um
terror para todos aqueles
Que ousarem tentar revelar nossos
segredos.
Vós ainda deveis prometer
honrar e obedecer
Todos os nossos Grandes
Oficiais e submeter-se
A todos os nossos estatutos,
regras e regulamentos
Prescrito para nós, em nossas
diversas estações;
E que vós não ireis partir rumando
deste Capítulo
Para formar Capítulos ilegais
para si próprio.
Por tudo isso, com as mãos
sobre a Bíblia, vós solenemente promete observar, não é mesmo?
(O Candidato concorda.)
Tirshatha:
Agora ireis repetir depois de mim:
E agora digo, Deus me conceda
ajuda
Para manter este voto solene
que faço.
Todos:
E agora digo, Deus nos conceda ajuda
Para manter este voto solene
que fazemos.
Tirshatha:
Reto e Digno 2º Grande Guardião, a vós
delego o dever de exaltar o Candidato, investindo-o com o avental deste Grau e
comunicar o Sinal, o Toque e a Palavra.
2ºGG:
Com este toque vos exalto como um Irmão da
Ordem Real de Heredom.
(O Tirshatha retorna para o
Oriente.)
Tirshatha: Irmãos, sentemo-nos.
Com exceção dos que serão
envolvidos na Investidura, o 2º Grande Guardião, o Grande Marechal e o Delegado
Grande Marechal, todos deverão retornar a seus assentos. O 2º Grande Guardião se
adéqua a ação qual foi proferida e depois posiciona o Candidato a Ocidente do
Altar a fim e investi-lo e instruí-lo. O Grande Marechal traz para frente,
sobre uma almofada carmesim, o paramento adequado e toma uma posição à esquerda
do 2º Grande Guardião. O Delegado Grande Marechal porta uma almofada pronta
para receber o Avental de Mestre Maçom do Candidato, que é removido pelo 2º
Grande Guardião.
2ºGG:
Por ordem do Reto e Venerável Tirshatha
vos invisto com a Insígnia da Ordem Real de Heredom de Kilwinning. Invisto-vos
com o Avental para distingui-lo como um irmão da Ordem Real de Heredom. Adorno-vos
com o Cordão ou Faixa carmesim, que é usado por cima do ombro esquerdo e sob o
braço direito.
(O Grande Marechal auxilia o 2º
Grande Guardião na Investidura.)
O toque pelo qual fostes
feito é dado por agarrar o pulso direito do Irmão com a mão direita e seu
cotovelo com a sua esquerda. Em seguida, deslizando a mão direita para cima do
braço e segurando o cotovelo com as duas mãos ele agarra sua e movendo o braço um
do outro para frente e para trás três vezes. Este é o aperto ou Toque de
Heredom.
A Palavra do Grau é Jubilon.
Ela deve ser soletrada.
O Sinal Penal é dado colocando
as costas da mão contra a face esquerda com polegar estendido; em seguida,
trazendo a mão assim estendida, na diagonal do ombro esquerdo até o quadril
direito tocando a joia no final do Cordão. Isto alude à penalidade prevista na Obrigação.
É este Sinal que é usado como forma de saudação neste Grau.
O 2º Grande Guardião saúda o Tirshatha
e retorna a seu lugar no Ocidente.
O Grande Marechal conduz o Candidato
para o Tirshatha qual ele aborda:
Tirshatha:
Cada irmão é conhecido na Ordem por uma Característica.
A Característica que foi atribuída a vós é _______. Ela está escrita neste cartão
que agora vos entrego. Tomai muito cuidado com este cartão, pois ele vos será solicitado
durante a parte final desta Cerimônia. Grande Marechal, conduzis o nosso Irmão para
tomar assento no Ocidente.
SEÇÃO II
Tirshatha:
Reto e Digno 2º Grande Guardião (de pé e saúda) quantos constituem um Capítulo da Ordem Real de Heredom de Kilwinning?
2ºGG:
Nove.
Tirshatha:
Por qual razão?
2ºGG:
Por três razões.
Tirshatha:
Dizei-me a primeira.
2ºGG:
Porque há nove dígitos dos números que
nos ensinam como contar os nossos dias para que possamos dedicar nossos
corações para a sabedoria.
Tirshatha:
Dizei-me a segunda.
2ºGG:
Porque há nove Musas na harmonia que têm
polido a natureza humana.
Tirshatha:
Nomeia-as.
2ºGG:
Calíope, Clio, Euterpe, Melpomene,
Terpsícore, Erato, Polímnia, Urânia e Tália.
Tirshatha:
E qual é a terceira razão?
2ºGG:
Porque há nove ordens de Anjos na
hierarquia celestial.
Tirshatha:
Nomeia-os.
2ºGG:
Querubins e Serafins, Tronos, Dominações,
Principados e Potestades, Virtudes, Arcanjos e Anjos.
Tirshatha:
Quantos fazem uma Loja justa e perfeita?
2ºGG:
Sete.
Tirshatha:
Por qual razão?
2ºGG:
Por três razões também.
Tirshatha:
Dizei-me a primeira.
2ºGG:
Porque em seis dias Deus criou os Céus, a
Terra, o Mar e tudo o que neles há e descansou no sétimo, quando nomeou tudo
para que houvesse a perfeição.
Tirshatha:
Qual é a segunda?
2ºGG:
Porque há sete Artes e Ciências liberais,
através das quais podemos aprimorar o nosso conhecimento.
Tirshatha:
Nomeia-as.
2ºGG:
Gramática, Lógica, Retórica, Aritmética,
Geometria[7],
Música e Astronomia.
Tirshatha:
E qual é a terceira?
2ºGG:
Porque é dito que há sete Espíritos que
estão diante do trono do Cordeiro, oferecendo as orações dos fiéis.
Tirshatha:
Quantos formam uma Loja de Companheiros de
Ofício?
2ºGG:
Cinco.
Tirshatha:
Por qual razão?
2ºGG:
Também por três razões.
Tirshatha:
Dizei-me a primeira.
2ºGG:
Porque há cinco distinções de tempo, que
nos ensinam a agendar as nossas ações,
Tirshatha:
Nomeia-as.
2ºGG:
Minutos, Horas, Dias, Meses e Anos.
Tirshatha:
Qual é a segunda?
2ºGG:
Porque há cinco ordens na Arquitetura
Clássica que adornam ou ornamentam nossas construções.
Tirshatha:
Nomeia-as.
2ºGG:
Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita.
Tirshatha:
E qual é a terceira?
2ºGG:
Porque há Cinco Pontos de Companheirismo
que fazem ou deveriam fazer unir aos Maçons.
Tirshatha:
Nomeia-os.
2ºGG:
Mão com mão, pé com pé, joelho com
joelho, peito com peito, e palma da mão nas costas.
Tirshatha:
Quantos governam uma Loja?
2ºGG:
Três.
Tirshatha:
Por qual razão?
2ºGG:
Também por três razões.
Tirshatha:
Dizei-me a primeira.
2ºGG:
Porque há três termos em um silogismo pelos
quais descobrimos a verdade, a maior e a menor premissas e a conclusão[8].
Tirshatha:
E qual é a segunda?
2ºGG:
Porque existem três lados iguais em um
triângulo equilátero, que é um emblema da terceira.
Tirshatha:
E qual é a terceira?
2ºGG:
Porque há três pessoas na Santíssima
Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus.
Todos
de pé: A Quem seja toda a Glória, Honra e
Louvor, agora, doravante e para sempre.
Que assim seja!
Todos retornam para seus
assentos.
SEÇÃO III
Tirshatha:
Reto e Digno 1º Grande Guardião (de pé e saúda) o que na Maçonaria é dito para representar o Filho do
Homem?
1ºGG:
A Pedra Angular.
Tirshatha:
Qual é a outra maneira que a Pedra
Angular é chamada?
1ºGG:
A Pedra que os Construtores rejeitaram,
que agora se tornou a Principal Pedra de Esquina, ou o padrão mais perfeito
para os Maçons testarem as suas Joias Morais.
Tirshatha:
O que é dito ser o padrão mais perfeito?
1ºGG:
Os três grandes princípios da Maçonaria.
Tirshatha:
Quais são?
1ºGG:
Amor Fraternal, Alívio e Verdade.
Tirshatha:
Por que Amor Fraternal?
1ºGG:
Porque ninguém pode mostrar mais amor a
seus Irmãos do que aquele que deu a sua vida por eles.
Tirshatha:
Por que Alívio?
1ºGG:
Porque Ele veio para aliviá-los dos grilhões do Pecado e da Morte.
Tirshatha:
Por que Verdade?
1ºGG:
Porque Ele é a própria e o Doador da
mesma.
Tirshatha:
Qual é o seu nome?
1ºGG:
Emanuel.
Tirshatha:
O que isso significa para os Irmãos?
1ºGG:
“Deus Está Conosco”.
Todo
de pé: Que o Deus da Verdade esteja
sempre conosco, para orientar-nos e assistir-nos. Que assim seja!
SEÇÃO IV
Tirshatha:
Reto e Digno 2º Grande Guardião (de pé e saúda) qual foi à
primeira edificação construída sob a orientação divina?
2ºGG:
A Arca de Noé.
Tirshatha:
Com qual intento foi construída?
2ºGG:
Para preservar os eleitos do Dilúvio.
Tirshatha:
Quantas pessoas foram lá preservadas?
2ºGG:
Oito; quatro homens e quatro mulheres.
Tirshatha:
Qual o nome dos homens.
2ºGG:
Noé, Jafé, Sem e Cam, todos verdadeiros Maçons[9].
Tirshatha:
Quantas peças de trabalho pelas mãos dos
homens foram chamadas de Maravilhas do Mundo?
2ºGG:
Sete.
Tirshatha:
Nomeia-as.
2ºGG:
A Torre de Babel, as Pirâmides do Egito,
a Estátua de Júpiter por Fídias em Olímpia no Peloponeso, o Templo de Diana em
Éfeso, o Túmulo de Mausolo, Rei da Caria, o Pharos ou Farol de Alexandria, no
Egito, e o Colosso de Rhodes.
Tirshatha:
Quantas pessoas foram ditas terem sido nomeadas
antes delas nascerem?
2ºGG:
Três.
Tirshatha:
Quem eram elas?
2ºGG:
Bezalel, Maher-Salal-Hás-Baz e o Rei
Ciro, o Grande.
Tirshatha:
Quem foram eles?
2ºGG:
Bezalel foi o inspirado obreiro do Tabernáculo
Sagrado, em que a Shekinah Divina residia e no qual a Arca da Aliança foi
depositada, qual mais tarde se tornou o modelo para o Templo de Salomão, em
conformidade com um padrão entregue no Monte Horeb por Deus a Moisés, que
depois se tornou Grão Mestre da Loja de Israel. O segundo, filho de uma
profetisa, como lemos nas profecias de Isaías, Cap. VIII. O terceiro, Ciro, o
Grande, foi o fundador da monarquia persa, conquistador da Ásia e restaurador
do Templo Sagrado.
Tirshatha:
Quantas pessoas são ditas nunca terem
morrido?
2ºGG:
Duas, Enoque e Elias.
Tirshatha:
Quem foram eles?
2ºGG:
Enoque foi o quinto depois de Seth e o
sétimo depois de Adão, profetizou sobre o Dilúvio e conflagração geral e temendo
que as Artes e as Ciências fossem perdidas do conhecimento dos homens, ele
ergueu duas Colunas, uma de tijolo e outra de pedra, sobre as quais estas Artes
seriam gravadas, a fim de que se a Coluna de pedra fosse destruída pelo fogo, a
Coluna de tijolo poderia se preservar, e se a coluna de tijolo fosse destruída
pela água, que a de pedra pudesse ser preservada, e qual, nos foi contato por
Josefo[10],
qual ainda era vista[11]
em seus dias na Terra de Siriad[12].
O segundo, Elias, o Tisbita[13],
que, depois de operar muitos milagres na presença dos Reis e Príncipes de
Israel, a fim de trazê-los de volta para o culto do verdadeiro Deus, foi
transladado para o Céu num carro de fogo.
Tirshatha:
Quais os principais eventos que os Maçons
deveriam celebrar?
2ºGG:
Três grandes eventos: A Criação do Mundo,
o Dilúvio de Noé e a Redenção do Homem.
Tirshatha:
Para qual intento?
2ºGG:
Para a Glória de Deus.
Todos
de pé: A quem seja toda a Glória, Honra e
Louvor, agora, doravante e para sempre. Que assim seja!
Todos retornam para seus
assentos.
SEÇÃO V
Tirshatha:
Reto e Digno 1º Grande Guardião (de pé e saúda) onde o primeiro
Capítulo da Ordem foi feito?
1ºGG:
No Cume Sagrado do Monte Moriá, no Reino
da Judéia.
Tirshatha:
Como é que o Monte Moriá tornou-se
consagrado ou dito santo?
1ºGG:
Por causa de três grandes oferendas
feitas nele: A primeira, Abraão, que ao comando de Deus, ofereceu seu filho
Isaque. A segunda, a oração e oferenda do Rei Davi para abrandar a peste. A terceira,
a oração e oferenda do Rei Salomão na dedicação do Templo Sagrado.
Tirshatha:
Teve o Monte Moriá qualquer igual a ele
no mundo?
1ºGG:
Apenas o Monte do Calvário.
Tirshatha:
Como o Monte Calvário tornou-se
consagrado ou dito santo?
1ºGG:
Por conta de uma grande oferenda lá
feita.
Tirshatha:
Qual seria?
1ºGG:
O oferecimento do Messias para a redenção
do mundo.
Tirshatha:
Como o anteriormente dito sobre honrarias
e títulos conferidos a vós como um Maçom, desejo saber qual foi a primeira e
mais alta honra, já conferida aos Maçons.
1ºGG:
A descida da Shekinah Divina, primeiro na
consagração do Santo Tabernáculo, e, posteriormente, na dedicação do Templo do
Senhor pelo Rei Salomão, inserindo-se na Arca ou Propiciatório no Santo dos
Santos, coberta pelas asas dos querubins, onde continuou a dar suas respostas
oraculares para várias gerações.
Tirshatha:
Quantas?
1ºGG:
Quatorze.
Tirshatha:
A Shekinah alguma vez foi tomada?
1ºGG:
Sim.
Tirshatha:
Por qual razão?
1ºGG:
Porque os israelitas mostraram-se infiéis
a Deus.
Todos
de pé: E assim possa a luz da Maçonaria
ser tomada de todos os que provarem-se infiéis a Deus! Que assim seja!
Todos retornam a seus
assentos.
SEÇÃO VI
Tirshatha:
Reto e Digno 2º Grande Guardião, falando acerca
do Templo do Rei Salomão, tiveram os Maçons qualquer lugar lá?
2ºGG: Eles o tinham.
Tirshatha:
Como era chamado?
2ºGG:
A Câmara do Meio.
Tirshatha:
Quais foram às qualificações exigidas
para ser admitido na parte Oriental?
2ºGG:
Fidelidade, Hospitalidade e Tacitude.
Tirshatha:
Quando admitidos, o que eles viam digno
de observação?
2ºGG:
O Pavimento Mosaico, a Estrela Flamígera
e as Borlas.
Tirshatha:
O que o Pavimento Mosaico representa?
2ºGG:
A Lei entregue por Deus a Moisés no Monte
Sinai.
Tirshatha:
Dê aos Irmãos o Sinal da referida Lei.
O 2ºGG mantém-se com as duas
mãos, dedos e polegares afastados.
Tirshatha:
O que a Estrela Flamígera representa?
2ºGG:
A Glória de Deus que aparece no Monte
Sinai na libertação da referida Lei.
Tirshatha:
O que as Borlas representam?
2ºGG:
Os ornamentos de uma vida virtuosa,
vivendo em conformidade com a Lei.
Tirshatha:
Teve Templo do Rei Salomão qualquer igual
a ele no mundo?
2ºGG:
Apenas o místico Templo do corpo de
Cristo.
Tirshatha:
Os Maçons esperam qualquer lugar lá?
2ºGG:
Eles o fazem.
Tirshatha:
Como seria chamado?
2ºGG:
Também de Câmara do Meio.
Tirshatha:
Quais são as qualificações exigidas para
ganhar a admissão nesta Câmara do Meio?
2ºGG:
Fé, Esperança e Caridade[14].
Tirshatha:
Quando admitido, o que vós esperais ver
digno de observação?
Tirshatha:
Como vós esperais encontrá-las dispostas?
2ºGG:
A Tábua de Traçar no Pavimento Mosaico, a
Pedra Perpianhada na Estrela Flamígera e a Pedra Lavrada nas Borlas.
Tirshatha:
O que a Pedra Perpianhada representa para
nós?
2ºGG:
A Graça Divina penetrando nossos corações
duros e pedregosos.
Tirshatha:
O que é a Pedra Perpianhada?
2ºGG:
O Grande Arquiteto da Igreja, que chamou a
Si mesmo de Rosa de Sharon e de Lírio do Vale.
Tirshatha:
E o que é a Tábua de Traçar?
2ºGG:
O caminho da Salvação posto a nossa
disposição no Livro das Boas Novas.
Tirshatha:
Como este Livro também é chamado?
2ºGG:
Os Evangelhos Sagrados.
Todos
de pé: Bendito seja Deus por nos dar os Evangelhos
Sagrados como regra e guia de fé. Que assim seja!
Todos retornam a seus
assentos.
SEÇÃO VII
Tirshatha:
Reto e Digno 1º Grande Guardião (de pé e saúda). Vós anteriormente falastes sobre coisas da fé,
E de honrarias concedidas a
vós por Reis,
Agora, vós deveis dizer-me,
tome a Revelação[17]
como algo distante,
Dizei-me como vós poderíeis
andar de modo a não desviar-se.
1ºGG:
Fazendo como eu faria, por sustentar o Esquadro,
Por viver na humildade sustentando
o Nível,
Ao caminhar em retidão
perante Deus sustentando a régua do Prumo.
Desde modo evadindo de sua Alavanca.
Tirshatha:
Os Compassos vós ainda almejais.
1ºGG:
Eu viveria contente com o que seria dado sustentando
os Compassos. E sempre estaria grato aos Céus.
Tirshatha:
Até o momento, o meu Digno amigo e Irmão
têm respondido bem, mas sei
Que aquele que quer alcançar
uma Coroa
Deve agir de acordo com essas
regras gloriosas que apontam para a Bíblia no Altar
Qual o próprio Deus
estabeleceu.
1ºGG:
Para que com essas regras gloriosas que
apontam para a Bíblia possa me alinhar,
E a Espada da Justiça empunhar
Colocando o Peitoral justo
E o Elmo da Salvação.
Assim armado, meu amigo, não
temeria opor
Meu Rei, o meu País e aos
inimigos da Fé.
Tirshatha:
Muito bem, Reto e Digno e Altamente
Honorável Irmão, passe-vos para honras superiores.
A cena agora muda para a
Torre de Refrescamento. O Grande Guarda deixa o posto na porta e vai para o
canto noroeste da Torre. O Grande Marechal conduz o Candidato para o lado Norte
da Torre. O Grande Marechal então retorna para seu assento.
Grande
Guarda, abordando o Candidato diz: meu Irmão,
isso (aponta para a Torre) representa a Torre de Refrescamento.
Gostaria de chamar sua atenção para as etapas: (ele aponta para cada item em que ele mencionar) o Pedestal, o Eixo, o Capitel, a Entablatura,
a Esfera acima, o Livro Aberto, a Palavra Escrita, a Porta da Masmorra e a Ponte
Levadiça. Vós recebereis informações sobre tudo isso nas instruções que se
sucederão. Vós agora ireis tentar ganhar a admissão à Torre sob a Característica
pela qual está a ser reconhecido em toda a Ordem. Por favor, dai-me o Cartão com
a sua Característica.
O Candidato a dá.
Figurativamente, agora vós
subistes o primeiro lance de Sete Degraus (o
Grande Guarda coloca o Cartão no primeiro patamar) na cimeira qual estais, se opõe um 2º Vigilante que exige de vós o Sinal,
o Toque e a Palavra de um Aprendiz Aceito. Forneceis essas provas e estareis
autorizado a passar ao segundo lance (aqui
o Grande Guarda coloca o Cartão no segundo patamar) de Cinco Passos, na cimeira da qual um 1º Vigilante vos exige o Sinal, o
Toque e a Palavra de um Companheiro do Ofício. Novamente forneceis as provas
necessárias e estareis autorizado a encetar para o terceiro lance (o Grande Guarda coloca o Cartão no patamar
superior) que é de Três Passos, onde
o seu maior progresso é barrado por um Reto e Venerável Mestre, que exige de vós
o Sinal, o Toque e a Palavra de um Mestre Maçom. Deveis dar a estas últimas
provas convincentemente e estareis autorizado a proceder de determinado modo. Irei
contar para vós.
O Grande Guarda dá as batidas
do Grau com as juntas dos dedos sobre a mesa ou plataforma em que a Torre está
colocada.
SEÇÃO VIII
ou 1ª da Torre
Vigia:
Quem com tal clamor perturba a Torre?
Grande
Guarda: Este é de nome (dá o nome cristão do Candidato e sua
Característica) que trazido pela
ignorância, veio até aqui.
Vigia:
Apesar de bom ser seu título, ruim é o
seu guia
Quem anda nas trevas, por
vezes tomba;
O que vós procurais?
1ºGG:
Ouvi falar muitas vezes sobre a Palavra
perdida
Mas não a encontrei, apesar
de meus esforços;
Essa Palavra é o que procuro.
Vigia:
Passai, e então, descansai um pouco, onde
ruído algum que perturbasse a harmonia dos Irmãos nunca foi ouvido.
O cartão com Característica
do Candidato é colocado no interior da Torre pelo Grande Guarda. Após uma breve
pausa:
O Grande Guarda bate ··
·, ··
·,··
·: Ho! Vigia, ho! Quais as novas de Sião?
Vigia:
Nada ainda em que confie,
Mas a colorida Notoriedade
Passou por este caminho e algo
foi dito.
Grande
Guarda: O que ela disse? O discernimento
irá elucidar
E não irá confundir.
Vigia:
Ela disse que a Beleza jaz por três
rufiões assassinados,
Cain, Achin e Eni[18],
um dos quais temo está ali
(apontando para o Candidato).
Grande
Guarda: Testai-me, aprovai ou desaprovai
se puder; senão amai-me.
A Insígnia da Candura vistes que
porto, (apontando para avental do Candidato)
Qual prova que não derramei
sangue.
Vigia:
Se vós não sois um homem sanguinolento,
Nada ireis encontrar dentro
desta Torre, porém isto é algo bom,
Mas por enquanto, vós deveis
parecer cativo
Até Sir (diz o nome Cristão e Característica do Grande introdutor e Examinador), que vos venha redimir.
O Vigia retorna a seu
assento.
SEÇÃO IX
ou 2º da Torre
Grande
Introdutor e Examinador (de pé): Por que o Sol mostra seus gloriosos fachos
Dentro da Loja Maçônica, ou a
Lua lá reflete seus raios?
Por que ventura a Estrela rodeando
o G lá aparece?
Por que lá J\ e B\ têm que suportar dois Capitéis?
Por que lá as Borlas estão na
Orla Dentada,
Ou por que as Joias Morais são
mencionadas em certa ordem?
Por que aparecem o Pavimento
Mosaico e as Escadas?
E há Voto e as Vestes após as
perambulações, e as Orações?
Respondendo de pronto vós
serieis um homem deveras livre
Sem a necessidade de maiores discrições,
Para vós e outrem serem iguais
a mim.
Diga-me, por que o Guarda usa
uma Espada,
Ou por que o Guardião exige a
Palavra de Passe do Mestre Maçom?
Grande
Guarda: O Sol nos direciona para a
gloriosa luz
Da Revelação, sem a qual seria
noite
A Lua a Lei da Natureza a
ostenta,
Refletindo, porém, um fraco e
fúlgido raio.
A Estrela rodeando o G anuncia
A Shekinah, onde quer que
apareça,
Quer seja no Sinai, em Salem,
ou no local
Que os Magos Orientais viram
a bendita face
Do Redentor, que em força
divina
Estabeleceu Sua Igreja na
linha dentada.
Os Pilares J\ e B\ significam
Que apenas Deus é o nosso
apoio.
As Joias Morais no Mosaico de
formato xadrez,
Ensina-nos humildemente como agir
e falar.
Pelas Borlas quatro virtudes
são notadas, as
Chamadas Cardinais: aos
poucos pelos degraus da escada
Ascendemos para a nossa
perfeição;
E, para que certo espanto
ocorra,
Somos levados para o lugar
Onde são oferecidos orações,
e vemos o rosto
Do nosso mais honrado Mestre:
e lá reafirmamos
Uma obrigação: e, a nossa liberdade
por completo,
Estando investidos com a
Candura, enquanto que, para o nosso juízo
As belezas de uma Loja
devidamente formada se principiam.
Também um Sinal, um Toque e
uma Palavra
Para nós são dados a fim de que
Irmãos possam se reconhecer.
Quanto aos Guardiões e a Espada
do Guarda
São para defender os Irmãos e
velar a Palavra.
Caso tenha respondido bem,
deixai-me ir livre,
Já há muito anseio viver em
liberdade.
Grande
Introdutor e Examinador: Quão difícil é
para um juízo generoso
E para os sentidos, por muito
tempo estarem confinados!
Agora que o olho da Razão está
Bem aberto,
E no ermo nenhum mal acaso
aconteceu,
Vais em frente, meu Digno
amigo e Irmão, mas sei
Que vós deveis retornar
dentro desta masmorra sombria mais uma vez
Sem luz da Maçonaria vós
encontrareis algo para alegrar o seu sentido ou aliviar sua dor Maçônica.
O Grande Introdutor e Examinador
retorna a seu assento. O Guarda da Torre levanta, ruma para o canto sudeste da
Torre e aborda a Candidato.
Guarda
da Torre: Dado ao pedágio no valor de
trinta shillings em Moeda Escocesa, tendo sido pago como parte de suas obrigações
como Candidato, eu, como Guarda da Torre, agora vos comunico a Palavra e o
Sinal que vos libertará de tal Torre. A Palavra é Zorobabel e o Sinal é dado
pela imposição da mão e do braço direito no alto à esquerda cruzando o peito.
O Candidato é convidado a
repetir tanto a Palavra quanto o Sinal.
O Guarda da Torre agora baixa
a Ponte Levadiça, abre a porta da Torre, se retira com Cartão com a Característica
do Candidato, faz com que passe sobre a Ponte Levadiça e desce a rampa. Então,
dá o Cartão para o Grande Guarda que o retorna para o Candidato. O Guarda da
Torre levanta a Ponte Levadiça, fecha a porta da Torre e retorna a seu lugar. O
Grande Marechal conduz o Candidato para o seu lugar entre os Guardiões no
Ocidente. O Grande Guarda retorna a seu assento. As seções seguintes, X e XI,
são então lidas, sendo um exame de preparação para a admissão do Candidato no
Conselho da Sabedoria.
SEÇÃO X
ou 3ª da Torre.
Tirshatha: Reto e Digno 1º Grande Guardião (de
pé e saúda), onde vós estivestes?
1ºGG: Na
Torre de Refrescamento.
Tirshatha: Como fostes à admissão nesta Torre?
1ºGG: Por
uma escada em espiral composta por quinze degraus com três patamares.
Tirshatha: Quantos degraus no primeiro patamar?
1ºGG: Sete.
Tirshatha: Por qual razão?
1ºGG: Porque
sete Compõem uma Loja justa e perfeita.
Tirshatha: Quem vós encontrastes com lá?
1ºGG: Um
2º Vigilante.
Tirshatha: O que ele exigiu de vós?
1ºGG: O
Sinal, o Toque e a Palavra de um Aprendiz Aceito.
Tirshatha: Quais também vos exijo. Avançai neste Degrau, e dai o Sinal, o Toque e a
Palavra.
O 1º Grande Guardião e o 2º Grande Guarda deixam seus assentos e encaram
um ao outro.
1ºGG: Este
é o Sinal (demonstra o Sinal); O Toque, dou deste modo (demonstra o Toque); A Palavra é B\.
Os Guardiões retornam a seus assentos.
Tirshatha: Quantos para o segundo?
1ºGG: Cinco.
Tirshatha: Por qual razão?
1ºGG: Porque
cinco formam uma Loja de Companheiro.
Tirshatha: Quem vós encontrastes com lá?
1ºGG: Um
1º Vigilante.
Tirshatha: O que ele exigiu de vós?
1ºGG: O
Sinal, o Toque e Palavra de um Companheiro do Ofício.
Tirshatha: Quais também vos exijo. Avançai neste Degrau, e dai o Sinal, o Toque e a
Palavra.
O 1º Grande Guardião e o 2º Grande Guarda deixam seus assentos e encaram
um ao outro.
1ºGG: Este
é o Sinal (demonstra o Sinal); O Toque, dou deste modo (demonstra o Toque); A Palavra é J\.
Os Guardiões retornam a seus assentos.
Tirshatha: Quantos no terceiro?
1ºGG:
Três.
Tirshatha:
Por que razão?
1ºGG:
Porque três governam uma Loja.
Tirshatha:
Quem vós encontrastes lá?
1ºGG:
Um Mestre Maçom.
Tirshatha:
O que ele exigiu de vós?
1ºGG:
O Sinal, o Toque e a Palavra de um Mestre
Maçom.
Tirshatha:
Quais também vos exijo. Avançai neste
Degrau, e dai o Sinal, o Toque e a Palavra.
O 1º Grande Guardião deixa seu
assento e avança para o estrado. O Tirshatha deixa seu assento e desce até o piso
e encara o 1º Grande Guardião.
1ºGG:
Este é o Sinal
(demonstra o Sinal); O Toque, dou deste modo (demonstra o Toque); A Palavra é Machaben.
O Tirshatha e o 1º Grande
Guardião retornam a seus assentos.
Tirshatha:
Aonde ele vos dispôs?
1ºGG:
Ele me levou ao Grand Pórtico.
Tirshatha:
Quem vós encontrastes lá?
1ºGG:
Um Grande Introdutor e Examinador.
Tirshatha:
O que ele exigiu de vós?
1ºGG:
A Palavra de Passe de Companheiro do
Ofício.
Tirshatha:
Qual também vos exijo.
1ºGG:
B\.
Tirshatha:
Aonde ele vos dispôs?
1ºGG:
Ele me levou a um 2º Grande Guardião.
Tirshatha:
O que ele exigiu de vós?
1ºGG:
A Palavra de Passe de Mestre Maçom.
Tirshatha:
Qual também vos exijo.
1ºGG:
J\.
Tirshatha:
Aonde ele vos dispôs?
1ºGG:
Ele me levou a um 1º Grande Guardião.
Tirshatha:
O que ele exigiu de vós?
1ºGG:
O primeiro Sinal, o Toque e a Palavra de
Heredom.
Tirshatha:
Quais também vos exijo.
Os Guardiões deixam seus
assentos e encaram um ao outro. O Sinal, o Toque e a Palavra de Heredom são dados
pelo 1ºGG ao 2ºGG. Os Guardiões retornam a seus assentos.
Tirshatha:
Aonde ele vos dispôs?
1ºGG:
Ele me levou a um Grande Mestre.
Tirshatha:
O que ele exigiu de vós?
1ºGG:
Saber de onde vim.
Tirshatha:
De onde vens?
1ºGG:
Venho da Torre de Refrescamento.
Tirshatha:
Qual recomendação vós trazeis de lá?
1ºGG:
Um vultoso e bom voto para todos grandes Irmãos
em Caráter.
Tirshatha:
Poderias descrever esta Torre?
1ºGG:
Dentro desta Torre se encontram três cômodos;
Um inicial, um intermediário e um interno. No primeiro somos iniciados; no
segundo elevados. E no terceiro somos exaltados à honra.
Tirshatha:
Existem mais cômodos nesta Torre?
1ºGG:
Também há lá uma masmorra sombria,
Na qual, quem quer que seja
lançado,
Para todo o sempre terá de
trabalhar sob
Uma pesada Pedra Perpianhada.
Tirshatha:
O que vistes sobre esta Torre?
1ºGG:
Nela uma Loja em forma foi traçada,
Cujo Dossel era o Céu,
Com os Princípios e Virtudes agraciada,
Quais perfazem o nosso místico
sete.
Princípios tão vultosos e bons,
Em número são apenas três,
Amor Fraternal, Alívio e
Verdade,
Pelo nome elas são chamadas.
As Virtudes são em número de
quatro, Prudência e Fortitude,
Temperança, Justiça, e nenhuma
mais:
Todas as virtudes cardeais.
Tirshatha:
Quem vós encontrastes nesta Torre?
1ºGG:
O baluarte da Arte Real,
O Guarda da Torre,
Qual por seu pedágio
proclamou-me livre;
Uma Palavra ele deu, qual possuo
agora:
Pela Ponte então passei.
Tirshatha:
Dai-me esta Palavra com o Sinal.
1ºGG:
Zorobabel (o 1ºGG dá o Sinal).
Ao término desta Seção, os Irmãos
não dão o Sinal.
SEÇÃO XI
ou 4ª da Torre
Tirshatha:
Reto e Digno 2º Grande Guardião (de pé e saúda) onde vós estivestes?
2ºGG:
No Pedestal.
Tirshatha:
Do que este Pedestal é chamado?
2ºGG:
De Força.
Tirshatha:
Dai-me o Pedestal em Palavra e Sinal.
2ºGG:
Salatie[19]l
(o Sinal é dado mantendo a ponta do
polegar na testa, enquanto outros dedos estão fechados em conjunto apartados do
polegar).
Tirshatha:
Quem vós encontrastes no Pedestal?
2ºGG:
Três jovens.
Tirshatha:
O que eles exigiram de você?
2ºGG:
Saber o que era mais forte[20].
Tirshatha:
Que resposta vós destes a cada um deles?
2ºGG:
Para o primeiro, respondi o Vinho, para o
segundo, as Mulheres, para o terceiro, o Rei.
Tirshatha:
A quem mais vós encontrastes no Pedestal?
2ºGG:
Zorobabel.
Tirshatha:
Como é que ele vos dispôs?
2ºGG:
Ele me levou do Pedestal do Eixo ao Capitel.
Tirshatha:
Por onde vós fostes conduzido?
2ºGG:
Por uma escada em espiral composta por
nove vezes Sete degraus.
Tirshatha:
Do que o Eixo é chamado?
2ºGG:
Beleza.
Tirshatha:
E o Capitel?
2ºGG:
Sabedoria.
Tirshatha:
O que vistes acima deste Capitel?
2ºGG:
A Loja e uma Entablatura.
Tirshatha:
O que vistes acima da Entablatura?
2ºGG:
A esfera que representa o Universo.
Tirshatha:
O que vistes acima da Esfera?
2ºGG:
Um Livro aberto.
Tirshatha:
E o que vistes nele?
2ºGG:
A Palavra escrita.
Tirshatha:
Como estava caracterizada?
2ºGG:
Pelo Esquadro, pelo Nível e pelo Prumo
sob ela, e pelos Compassos em Esquadria sobre ela, por isso soube que ela era a
Palavra.
Tirshatha:
Dai-me esta Palavra.
2ºGG:
Jeová; Jireh[21];
Machaben.
Tirshatha:
Como Zorobabel depois vos dispôs?
2ºGG:
Ele me levou para abaixo do Eixo através
do Pedestal, e libertou-me.
Tirshatha:
Antes de partir com vós, o que fez ele vos
exigiu?
2ºGG:
Saber o que era mais forte.
Tirshatha:
E o que é mais forte?
2ºGG:
A Verdade é mais forte de todas as
coisas.
Todos
de pé: Glória ao Deus de Verdade, agora e
para sempre. Que assim seja!
Todos retornam a seus
assentos.
SEÇÃO XII
Tirshatha:
Meu Irmão, vós deveis agora realizar uma
viagem longa, perigosa e mística; mas, como as cenas em que mal pode com
propriedade ele descrever a olhos mortais, irei com o consentimento destes
Irmãos, vos admitir de uma vez no Conselho da Sabedoria.
Irmãos, vós estão em pleno
acordo?
A assembléia concorda.
Vós ides, portanto, tomar
agora o seu lugar entre nós e ouvir a seguinte Instrução, que irá explicar a
viagem que por suposto tendes de realizar.
O Grande Marechal conduz o Candidato
a um assento no Norte.
Tirshatha:
Reto e Digno 1º Grande Guardião (de pé e saúda), onde vós estivestes?
1ºGG:
Viajando pelo mundo inteiro.
Tirshatha:
Em busca de quê?
1ºGG:
Da Rocha Sagrada, ou do Monte de
Diamante.
Tirshatha:
Como vós chegastes a ela.
1ºGG:
Sobre topos de montanhas, através de
desertos de distância e por grandes perigos que corri,
Até a Rocha Sagrada onde
avistei da minha salvação.
Tirshatha:
O que vistes lá?
1ºGG: Uma Fonte emergindo pelo flanco de uma
rocha.
Tirshatha:
O que ouvistes lá?
1ºGG:
A voz do Cordeiro.
Tirshatha:
O que disse?
1ºGG:
"Venha e beba.".
Tirshatha:
O que mais vistes sobre esta Rocha?
1ºGG:
Uma grande Igreja em uma grande Cidade.
Tirshatha:
Como a Cidade foi fundada?
1ºGG:
Nem por sangue, nem por injustiça, mas na
Justiça e Verdade.
Tirshatha:
Por que nem pelo sangue e nem pela
injustiça?
1ºGG:
Porque foi dito "Porque a pedra
clamará da parede, e a trave lhe responderá do madeiramento. Ai daquele que
edifica a cidade com sangue, e que funda a cidade com injustiça!".
(Hab. II. 11 e 12)
Tirshatha:
Por que, em Justiça e Verdade?
1ºGG:
Porque elas são estáveis como a Rocha.
Tirshatha:
Como a Cidade foi habitada?
1ºGG:
Por "tribos, línguas e nações.".
(Revel. Xiii. 7.)
Tirshatha:
Como era guardada?
1ºGG:
Por uma hoste de anjos com Espadas flamígeras.
Tirshatha:
Como era chamada?
1ºGG:
"Jeová Shamniah" ou "O Senhor
Está Lá.". (Ez. XLVIII. 35.)
Tirshatha:
Aonde era situada sua Igreja?
1ºGG:
No centro.
Tirshatha:
Com qual forma?
1ºGG:
Uma Cruz esquadrinhada regular.
Tirshatha:
Quão extensa?
1ºGG:
Do Oriente ao Ocidente.
Tirshatha:
Por qual razão?
1ºGG:
Porque a glória de Deus aparece no
Oriente e desaparece no Ocidente, e, portanto, todas as Igrejas, Capelas e
Locais de Culto estão, ou deveriam estar desta forma orientados.
Tirshatha:
Quão ampla é?
1ºGG:
Do Norte ao Sul.
Tirshatha:
Quão alta?
1ºGG:
De imensurável altura.
Tirshatha:
Quão profunda?
1ºGG:
De insondável profundidade.
Tirshatha:
O que ouvistes lá?
1ºGG:
A voz do Grande Arquiteto.
Tirshatha:
O que disse?
1ºGG:
"Vinde a mim, todos os que estais
cansados e
oprimidos, e vos aliviarei.".
(Matt. Xi. 28.)
Tirshatha:
Vós trabalhastes e laborastes na
construção desta Igreja?
1ºGG:
Eu o fiz.
Tirshatha:
Quais foram seus salários?
1ºGG:
As esperanças de um Reino.
Tirshatha:
Qual Reino?
1ºGG:
Um que não é deste mundo.
Todos de pé e permanecem na
primeira parte do Sinal Penal.
Tirshatha:
Que de vós, eu e todo Irmão, presente e
ausente, portanto labore e trabalhe para que possamos ir ao Monte Sião, e à
cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e as inumeráveis hostes de anjos, à
assembleia geral e Igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos Céus, e a
Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus, o
Mediador da Nova Aliança, onde o nosso Sol não deve mais se por, nem a nossa Lua
partir, para o Senhor a ele a nossa luz perpétua, e os dias de nosso luto
findarão. (Hb. XII 22-24; Isa lX 20.).
Os Irmãos completam o Sinal e
retornam aos seus assentos.
SEÇÃO XIII
Tirshatha:
Reto e Digno 2º Grande Guardião (de pé e saúda) onde vós estivestes?
2ºGG:
Na Câmara do Meio.
Tirshatha:
O que vistes na Câmara do Meio?
2ºGG:
As três grandes Luzes da Maçonaria.
Tirshatha:
Quais são?
2ºGG:
As Leis: Natural, Mosaica e Cristã.
Tirshatha:
O que vistes pela assistência das três
grandes Luzes na Câmara do Meio?
2ºGG:
A ornamentação de uma Loja.
Tirshatha:
Quais são?
2ºGG:
A Bíblia, Esquadro e os Compassos.
Tirshatha:
Como a ornamentação de uma Loja, o que a
Bíblia vos ensina?
2ºGG:
Conformidade com a Lei de Deus.
Tirshatha:
E o Esquadro?
2ºGG:
A fazer o que tem de ser feito.
Tirshatha:
E os Compassos?
2ºGG:
A viver dentro dos devidos limites.
Tirshatha:
Ainda pela assistência dos três grandes
luzes que mais viste nesta Câmara do Meio?
2ºGG:
As Joias Morais.
Tirshatha:
Quais são?
2ºGG: O Esquadro, o Nível e o Prumo.
Tirshatha:
O que o Esquadro vos ensina como uma Joia
Moral?
2ºGG: A Justiça em todas as nossas ações.
Tirshatha:
E o Nível?
2ºGG:
A humildade de coração e de conduta.
Tirshatha:
E o Prumo?
2ºGG:
A Honestidade no pensamento e na
intenção.
Tirshatha:
Quem vós encontrastes nesta Câmara do
Meio?
2ºGG:
Três homens sábios[22].
Tirshatha:
Como eles vos dispuseram?
2ºGG:
Eles me levaram para o Conselho da
Sabedoria.
Tirshatha:
Como fostes conduzidos?
2ºGG:
Por uma Estrela Flamígera[23]
que aparecia no Oriente.
Tirshatha:
Ao que se refere por Conselho da
Sabedoria?
2ºGG:
Um estábulo.
Tirshatha:
Quem vós encontrastes com neste tal Conselho
da Sabedoria?
2ºGG:
Um Gloriosíssimo Irmão, sua Santíssima Esposa
e a sempre abençoada Palavra[24].
Tirshatha:
Nomeia-os.
2ºGG:
José; Maria; e Jesus.
Todos
de pé: Para ele, como é mais devido, nós
atribuímos toda a Glória, Honra, Poder, Majestade, Domínio, agora e para
sempre. Que assim seja!
Os Irmãos permanecem de pé
durante as próximas duas seções, dando a primeira parte do Sinal Penal.
SEÇÃO XIV
Tirshatha:
Reto e Digno 1º Grande Guardião, desde a
abertura do Capítulo, o que estivemos fazendo?
1ºGG:
Buscando uma Palavra que foi perdida, e
que por sua ajuda agora descobrimos.
Tirshatha:
Quando a Palavra foi perdida?
1ºGG:
A Palavra foi perdida aos filhos dos
homens,
Quando o Salvador desceu a
cova infernal.
Tirshatha:
Quando a Palavra foi encontrada?
1ºGG:
Quando Ele ascendeu triunfante,
Sobre o Pecado e a Morte, os
nossos eternos inimigos.
Tirshatha:
O que a Palavra fez por nós?
1ºGG:
Viveu 33 anos na terra, legou um exemplo
brilhante e resplandecente para nós seguirmos, sofreu uma morte dolorosa e
vergonhosa para a nossa salvação, e depois ascendeu a Grande Loja do Céu, onde
Ele continua com o Espírito Santo a interceder por nós junto ao Pai, Três
Pessoas em um Deus. Todos: A quem
pertence a toda a Glória, Honra e Louvor, agora, doravante e para sempre. Que
assim seja!
Os Irmãos permanecem de pé,
dando a primeira parte do Sinal Penal.
SEÇÃO XV
Tirshatha:
Reto e Digno 2º Grande Guardião, o que a
Palavra expressa?
2ºGG:
Que ao fim o Redentor chorou,
Humildemente abaixou Sua graciosa
cabeça;
E em então num sacrifício desfalecedor
Desceu-se para as regiões da
morte.
Tirshatha:
Está terminada! Está terminada! A grandiosa
obra está terminada,
Para tão grandes homens e
anjos,
Qual ninguém, senão o Filho
Eterno de Deus
Ousaria aventurar ou poderia ter
terminado.
Os Irmãos completam o Sinal Penal
e retornam seus assentos.
FECHANDO O CAPÍTULO
Tirshatha:
Há qualquer coisa Irmão, para propor a bem da Ordem ou deste Capítulo em
particular?
(A assembléia se pronuncia)
Tirshatha dá uma batida, qual
não é repetida pelos Guardiões. Todos devem permanecer de pé.
Tirshatha:
Toda a pauta havendo sido tratada declaro
este Grande Capítulo Provincial fechado.
O Tirshatha dá as batidas do Grau
que são repetidas pelos Guardiões, pelo Guarda e pelo Delegado Grande Guarda.
Os Irmãos dão o Sinal Penal. Todos retornam a seus assentos.
O Marechal vai até o Candidato,
o conduz até a porta da Câmara, onde Grande Guarda permite que ele vá embora. O
Capelão vai para o Altar, fecha a Bíblia, posiciona os respectivos Esquadro e Compassos,
e transforma a Bíblia para frente ao Ocidente.
Se não houver nenhuma interrupção
Grande Marechal deverá chamar os Irmãos no momento em que o Tirshatha se retirar.
ROSA CRUZ
A tradição
ligada à Rosa Cruz ou segundo grau da Ordem Real, é que o Rei Robert Bruce teria
recebido grande ajuda de um grupo de Maçons (provavelmente Templários
designados para Escócia) que lutaram junto a ele na Batalha de Bannockburn no
dia de São João no de verão de 1314. Robert Bruce então, lhes conferiu o grau
civil de Cavalaria dando permissão a eles para admitir em sua Grande Loja, Irmãos
fiéis e patriotas que pudessem sucedê-los, de modo que o Grau é, estritamente
falando, uma ordem civil concedida aos Maçons escoceses. Originalmente ninguém
tinha direito a ele além dos escoceses, talvez apenas, seus aliados históricos
os irlandeses, e havia apenas sessenta e três membros. Esse número tem sido há
muito aumentado, e Maçons de outras nações já são autorizados a participar
desta honraria, desde que primeiro tenham galgado o Grau de Heredom em um
Capítulo da Grande Loja da Ordem.
A Grande Loja
ou Conselho de Cavaleiros da Rosa Cruz é organizada de forma semelhante a um
Capítulo da Ordem de Heredom. Duas Câmaras são suficientes, nomeadamente, a
Câmara de Preparação e a Câmara de Recepção. A Torre não necessária.
O Altar e
pedestais são cobertos por tecidos verdes com franjados da mesma cor.
Uma Espada e
uma Trolha para cada Candidato são colocadas ao lado da Bíblia no altar. Os
Oficiais e Cavaleiros ocupam os mesmos lugares como no Capítulo de Heredom. Os Cavaleiros
ao entrar na Loja ou Conselho, quando aberta, dão o Sinal de Rosa Cruz,
curvam-se em saudação e tomam seus lugares sem maiores cerimônias.
ABERTURA DA GRANDE LOJA PROVINCIAL OU CONSELHO
O Grão Mestre Provincial
chama os Cavaleiros a Ordem dando uma batida, os Cavaleiros ficam de pé e o
Grande Guarda saca sua Espada.
GMP:
Digno 2º Grande Vigilante
Uma vez que o primeiro
cuidado dos maçons
É verificar se estamos bem
guardados,
Rogo, Irmão Cavaleiro,
examinai bem
Se o nosso Grande Guarda defende
o portão.
2ºGV:
(sem Sinal) Ele há de defender (aponta
para ele), e ouso dizer,
Irá manter longe todos os
Curiosos[25].
GMP:
Declaro esta Grande Loja Provincial
aberta (dá as batidas do Grau, que
são repetidos pelos 1º e 2º Grandes Vigilantes e pelo Grande Guarda e seu
Delegado).
GMP:
E este será o seu Sinal (dá o Sinal, no qual é seguido por todos os
presentes, os Cavaleiros retornam a seus assentos).
O Grande Capelão ruma para o
Altar e abre a Bíblia no Livro de Malaquias, colocando nela Esquadro e os
Compassos (apontados para o Ocidente). A Espada e a Trolha devem ser colocadas
sobre a almofada nos lados Norte e Sul da Bíblia respectivamente.
RECEPÇÃO DO CANDIDATO
Grão
Mestre Provincial: Irmão Grande
Introdutor e Examinador, examinai o candidato do grau de Heredom, caso esteja
satisfeito, solicitai ao Deputado Grande Guarda para conduzi-lo até a porta.
O exame que tendo sido
efetuado, o Candidato é então trazido até a porta trajado como um irmão de Heredom.
O DGG: dá as batidas do Grau.
Grande
Guarda: (de pé e saúda) Reto Venerável Grão Mestre Provincial, há um
informe.
GMP:
Irmão Grande Guarda, sabei quem procura
admissão.
GG:
(Vai para fora, fechando a porta) A quem tens aqui?
DGG:
O Irmão (dá sobrenome), um Irmão
digno de Heredom, que solicita a Grande Loja conferir-lhe a honra de Cavalaria
da Rosa Cruz como galardão por seus serviços fiéis.
GG:
Alto, enquanto informarei ao Reto
Venerável Grão Mestre Provincial.
GG:
(Fecha a porta, a e saúda) Reto Venerável Grão Mestre Provincial, na
porta da Loja está um Irmão (dando o nome Cristão e sua Característica), um Irmão Digno de Heredom, que solicita a
Grande Loja conferir-lhe a honra da Cavalaria da Rosa Cruz como galardão por
seus serviços fiéis.
GMP:
Deixai-o ser admitido.
O Candidato e o Grande
Introdutor e Examinador são admitidos pelo Grande Guarda que fecha a porta. O
Grande Introdutor e Examinador e o Grande Guarda retornam a seus assentos.
Os Grandes Vigilantes avançam
para a porta e recebem o Candidato, em seguida, com o 1º Grande Vigilante à sua
esquerda e o 2º Grande Vigilante, à sua direita, ele é conduzido pela mão para
frente pelo lado ocidental do Altar.
O Grão Mestre Provincial
deixa seu assento, e com escolta do Grande Porta Espada e do Grande Porta
Estandarte ruma para o altar. Quando no Altar, os Portas Espada e Estandarte se
posicionam atrás do GMP.
GMP:
Qual o vosso nome Cristão e
Característica?
O Candidato dá seu nome de
Cristão e Característica.
GMP:
Ajoelhai com ambos os joelhos.
A Espada é colocada sobre a
mão direita do Candidato pelo 1º Grande Vigilante e a Trolha na esquerda pelo
2º Grande Vigilante, o Candidato descansa ambas as mãos sobre a Bíblia, a
Espada e a Trolha apontam para cima. Os outros Cavaleiros de pé, formam um
círculo em volta do Altar. Quando o círculo estiver concluído sob a orientação
do Grande Mestre de Cerimônias, os Grandes Vigilantes dão três passos para a
trás, tomam as Espadas, e mantêm o Sinal de Saudação até a Obrigação, quando
eles as retornam para a bainha.
GMP:
Ireis agora concordar em vossa mente com
a seguinte Obrigação que passo a proferir.
Na presença de Deus qual
todos nós reverenciamos
E destes Cavaleiros dignos
reunidos aqui,
Prometo cumprir e declaro
Em velar dentro do meu peito,
Todos os Segredos de Cavalaria
agora possa receber,
E que nunca vou conta-los ou
dá-los
Para mortal, de dia ou noite,
Exceto a um Cavaleiro Rosa
Cruz.
Ou numa Grande Loja perfeita
e composta
De boa e devida forma, como
deve ser feito,
A não ser que a Grande Loja
não pareça proba
Para tais poderes e
privilégios especiais conceder,
E que não partirei desta
Grande Loja rumando
Para formar Lojas ilegais
para mim mesmo.
GMP:
Tudo isso vós prometes observar, não é
mesmo?
(o Candidato concorda) Repetis depois de mim:
E assim rogo, que Deus me
conceda ajuda
Para manter este voto solene
que fiz.
O Porta Estandarte entrega o
Estandarte a Ordem ao Grão Mestre Provincial.
GMP:
(Acenando o Estandarte três vezes sobre
a cabeça do Candidato)
Quando Sambalete Jerusalém
ficou angustiado
Com ataques mordazes no tempo
de Neemias,
Os próprios judeus foram
alistados ao trabalho ou a guerra.
E para reparar seus muros com
pedra e cal.
Numa mão, uma Espada contra o
inimigo brandia,
A outra tomava a Trolha.
Oh! Mentes valentes, oh! Aqui
está um exemplo digno,
Os judeus não fraquejaram na
ruína de seus murros,
Contudo, sua campeã foi à
aprimorada Arte da Maçonaria
Qual faz ensinar esta lição a
todos:
A fim de defender nossa
pátria amada de qualquer agravo,
Ambas as mãos deverão se
erguer, para o trabalho ou para a guerra.
O Grão Mestre Provincial
devolve o Estandarte para o Porta Estandarte. Os Grandes Vigilantes empunham
Espadas e saúdam. O Porta Espada em seguida, entrega a Grande Espada ao Grão
Mestre Provincial que dá com ela três golpes no ombro do Candidato.
GMP: Em virtude dos poderes
especiais de que me acho investido, o crio e constituo um Cavaleiro da Rosa
Cruz, para gozar de todas as obrigações a vós assentadas e das prerrogativas
que pertencem a esta Ordem honrosa.
Levantai Sir (dá o nome Cristão e Característica do Candidato).
O Candidato se levanta e
então o Grão Mestre Provincial devolve a Grande Espada ao Porta Espada, e os
Grandes Vigilantes retornam para saudar e embainhar as Espadas. O então
Candidato se retira (se volta para o Oriente), assistido pelo Grande Marechal,
e toma posição entre os Grandes Vigilantes.
O Grão Mestre Provincial
instrui o 1º Grande Vigilante a dar ao Candidato o Sinal, o Toque e Palavra do
Grau, e investi-lo com a Insígnia da Ordem. O GMP retorna para o Oriente, e com
a exceção daqueles que estão engajados na investidura, todos tomam seus
assentos.
O 1ºGV agora se desloca para
frente do Candidato e o 3º Grande Intendente ostenta a Estrela, a Jarreteira e Espada
e Cinto em cima de uma almofada verde e o 4º Grande Intendente o Avental de
Cavalaria e o Cordão verde da mesma forma, agora toma posição à esquerda do 2º
Vigilante voltado para o Norte. O Candidato é então instruído no Sinal, Toque e
Palavra e investido com o Cordão verde acima do carmesim, porém sobre o ombro
direito e sob o braço esquerdo, o Avental, Estrela, a Jarreteira, Espada, etc.
O Grande Marechal deverá prestar a assistência necessária durante a
investidura.
1ºGV:
Eu vos decoro com este Cordão verde ou
Faixa, que é usado por cima do ombro direito e sob o braço esquerdo. Vós ireis
observar que ele é usado por cima da faixa vermelha de Heredom. Eu vos invisto
com este Avental que é a Emblema da Cavalaria da Rosa Cruz da Ordem Real da
Escócia. Eu fixo em vosso peito esquerdo esta Estrela da Ordem e prendo em
vosso braço esquerdo esta Jarreteira como a Insígnia da Cavalaria. Eu agora
irei instruí-lo nos Sinais, Toques e Palavra deste Grau. O Sinal é dado,
estendendo os braços e cruzando-os para formar uma cruz. O Toque é dado
avançando com o Sinal, o que é repetido pelo Irmão e, em seguida, segurando os
braços do Irmão, de modo a formar uma cruz dupla. A Palavra é I.N.R.I.
Após a investidura, os
Intendentes devolvem as almofadas para a mesa de Paramentos e retornam a seus
assentos. Os Grandes Vigilantes e o novo Cavaleiro retiram-se para o Ocidente,
saúdam com o Sinal do Grau e ficam de pé de frente ao Oriente para a Leitura.
LEITURA
GM: Irmãos, formai um círculo.
Os Irmãos presentes, ou quantos
o espaço permita, formam um círculo em volta do Altar. O Grão Mestre Provincial
fica a Oriente do círculo e os Guardiões a Ocidente. O Candidato é posicionado
entre os Vigilantes.
GMP:
Reto Digno 1º Grande Vigilante.
Dizei-me rogo, porquanto
estou em perda,
Sois um Cavaleiro da Rosa
Cruz?
1ºGV:
Um Cavaleiro Rosa Cruz fui feito
regularmente,
Para fazer o que é justo e
evitar todo o mal qual nunca deverei ter medo.
GMP:
Onde nesta honra que vós acendestes
Fostes feito Cavaleiro Rosa Cruz?
1ºGV:
Em Loja completa, com todos os notórios Cavaleiros,
E
através do Grão Mestre da mesma.
GMP:
Como chegastes a esta honra?
Dizei-me, junto a seu Caráter[26]
e nome.
1ºGV:
Pelo meu próprio profundo desejo
Fui encarcerado em uma Torre;
Por justo teste e pedágio
Fui permitido, em seguida, a
subir em tal Torre;
Um Conselho foi realizado,
Em um Grau de grande honra
Por meus serviços fiéis
Fui então criado Cavaleiro.
Meu nome e Caráter,
Com o "Sir" junto
aos mesmos,
É ______ como nos registros
que vós ireis encontrar.
GMP:
Qual é o número reunido
Para formar uma Loja de
Cavalaria completa?
1ºGV:
O número necessário é três,
Embora muitas vezes houvesse
mais.
GMP:
Por que é dito que três o faria?
Dizei-me isso e dizei-me a
verdade.
1ºGV:
Porque há um justo Deus
No céu, qual nós chamamos de
Pai;
Seu único Filho, nosso
Salvador, o Cristo,
Quem sofreu por todos nós;
E o Espírito Santo, o
Consolador,
O grande e poderoso Três,
No entanto, Três-Em-Um, com
qual esperamos Eternamente permanecer.
GMP:
Quem foste seu Introdutor, amigo,
Quando foste atendido para
Cavalaria.
1ºGV:
O Grande Guarda me conduziu ao Portal,
Ele lá bateu: Fui diretamente
ingressado,
E recebido entre dois Grandes
Vigilantes,
Quais me levaram por uma ou
outra mão,
Até que cheguei diante do
Grão Mestre,
Que pediu meu Caráter e nome,
E me fez ajoelhar a seus pés.
GMP:
O que vós fizeste lá e, em seguida,
repetis?
1ºGV:
Uma obrigação solene tomei,
E um voto de boa vontade fiz.
GMP:
Que mais cerimoniais foram usados
Quando foste introduzido
Cavaleiro?
1ºGV:
De joelhos fui colocado,
Com a Espada na minha mão
direita,
Também a Trolha em minha mão
esquerda,
Enquanto os Cavaleiros
ficaram ao meu redor.
Então sobre minha cabeça,
solenemente
Três vezes o Estandarte
flamulou;
Suportei três golpes que
recebi nas costas
Com a Espada; enfim meneados,
Sinal e Toque, cada um dos
quais
Formam
uma Cruz completa;
Uma palavra também recebi
Prontamente em meu pé.
GMP:
O Sinal e Toque, os quais,
Para vós uma cruz surgiu
Vós ireis mostrar-me, e
nomear a Palavra
Recebida de pé erguido.
1ºGV:
O Sinal é esse (dá o Sinal); o Toque, dou
deste modo (auxiliado pelo 2º Grande
Vigilante);
"I.N.R.I." a
Palavra qual faço, então, receber.
GMP:
O significado da Palavra devereis explicar,
Se
sagrado é, ou profano é.
1ºGV:
Sagrado é sem dúvidas,
Se corretamente compreendido:
Embora muito tenha sido
profanado por aqueles
Que derramaram o doce sangue
de Jesus.
As quatro iniciais inscritas
na faixa colocada
Sobre a cabeça de nosso amado
Salvador,
São as letras são que formam
tal Palavra
Que nas Escrituras pode ser
vista.
O "I" o nome do
doce Jesus, porventura significa
O "N" usado para
designar à Nazaré,
O "R" representa o
Rex, na Escócia, o Rei,
E o "I", que
significa dos Judeus.
GMP:
Para qual propósito foi estabelecida
A Cavalaria da Rosa Cruz?
1ºGV:
Para nós implica na árvore que deu à luz
A amável Rosa de Sharon,
Que foi Jesus, e o Lírio
justo
Que no Vale soprava.
GMP:
O que esta Ordem vos ensinou?
1ºGV:
A colocar toda a minha fé e confiança
Em Jesus, Filho de Deus,
Pelos soldados de Pilatos
coroado de espinhos
E açoitado com vara,
Que pelos pecados dos homens
em uma cruz
E entre dois ladrões morreu;
Quando então, desceu aos
infernos,
E agora está entronizado no
alto
Até que o Dia do Juízo;
quando
Ele deverá voltar novamente
Com grande poder e justiça
Para julgar todos os filhos
dos homens.
Os vivos e os mortos se
erguerão
Ao som da última trombeta
Para ouvir o pronunciamento
de suas sentenças
Por Ele, seu grande Juiz.
Também ensina a ter esperança
Em na morte do meu amado
Salvador,
A fim de alcançar a remissão dos
meus pecados
Somente pela fé;
E que neste Dia estarei
Ante ao Senhor do poder,
Quem verei com os mesmo olhos
Para os quais Ele agora dá
visão.
Então o nosso Salvador Jesus
Cristo
Quem separa os bodes dos
cordeiros,
Que Ele poderá dar a Vida
Eterna
A tais que Ele ensejou,
Na Sua Loja celestial
Para todo o sempre para repousar,
Com toda a companhia sagrada
De Santos e Anjos abençoados
Quais servem a Gloriosa
Trindade
O adorado Três-Em-Um.
GMP:
Para quem seja todo Domínio, Poder e
Louvores para sempre.
Todos: Que assim seja!
Os Irmãos permanecem de pé
enquanto o Grão Mestre Provincial retorna ao seu assento.
GM:
Irmãos, sentemo-nos.
O Grande Marechal conduz o
Candidato ao Grão Mestre Provincial que lhe presenteia com uma cópia dos
Estatutos da Ordem e uma cópia do Estatuto Social da Grande Loja Provincial.
Acolhe-o como um membro da Ordem. Em seguida, o Grande Marechal conduz o novo
Cavaleiro ao seu lugar.
FECHANDO A LOJA
GMP:
Há qualquer Irmão ainda a propor algo
para o bem da Ordem ou a esta Grande Loja Provincial em particular?
Qualquer pauta relevante deverá
ser agora deve ser tratada.
O GMP dá uma batida, todos
ficam de pé:
Todas as pautas havendo sido tratadas
declaro esta Grande Loja Provincial fechada. O GMP dá as batidas do Grau, que são repetidas pelos Vigilantes e pelos
Guardas. O Grande Capelão vai para o Altar e fecha a Bíblia, cobrindo o
Esquadro e os Compassos. O Grão Mestre Provincial dá o Sinal do Grau que é
repetido por todos os presentes.
GM:
Irmãos, a Ordem enquanto o Grão Mestre
Provincial e seus Portas Espada e Estandarte se retiram.
Os
Irmãos permanecem de pé, os dois Vigilantes deixam seus assentos e ficam de
frente para o outro no Ocidente. O Porta Espada toma posição para permitir que
o Grão Mestre Provincial fique atrás dele, o Porta Estandarte se posiciona atrás
do Grão Mestre Provincial. Como o Grão Mestre Provincial caminha pela extensão
da Câmara os outros Oficiais ficam atrás do Porta Estandarte, deixando espaço
suficiente para os Vigilantes ficarem imediatamente atrás do Grão Mestre
Provincial Substituto.
Tiago Robledo M\ M\
Visita Interiora Terrae
Rectificando Invenies Occultum Lapidem
REFERÊNCIAS
[1]
Introdução
retirada e adaptada de “A História da Maçonaria” de Gould.
[2]
No
Norte não há uma “Luz Maçônica”, essa alegoria ritualística faz alusão à marcha
do Sol (no hemisfério norte) durante as estações na qual o norte é o cardeal
fica “ausente de luz”.
[3]
O termo
“Delegado” neste Rito difere do uso na “Maçonaria de São João” clássica, aqui
em vez de designar um representante oficial da Grande Loja em determinado
distrito de uma jurisdição, designa na verdade o adjunto (ou 2º) de determinado
cargo.
[4]
Cargo
do Oficiante, um equivalente ao Orador em outros ritos.
[5]
Um
termo de provável origem persa, significando "severidade", denotando
uma alta dignidade civil. O governador persa da Judéia era assim chamado
(Esdras 2:63; Neemias 7:65, 70). Neemias é chamado por esse nome em Neemias
8:9; 10:1 e por "governador" (peha) em 5:18. Provavelmente, por isso,
tirshatha = peha = o moderno paxá.
[6] Icolmkill (Irlandês,
ilha da igreja de Columba)ou Iona (Īōnə) [Irlandês, ilha], uma das Hébridas
Interiores na Escócia. A ilha é famosa por ser o centro início do cristianismo
celta. São Columba com seus companheiros aportaram lá da Irlanda por volta de
563. Eles fundaram um mosteiro, que foi queimado pelos dinamarqueses no século
8º ou 9º. Icolmkill foi um bispado entre 838 e 1098. Em 1203 lá foi
estabelecido um mosteiro beneditino do qual ainda há restos. A catedral,
anteriormente a igreja de Santa Maria, data do 13º século ou anterior. O
cemitério da Igreja de Santo Oran contém os túmulos de muitos monarcas da
Escócia, Irlanda, Noruega e França. Um grupo chamado Comunidade Iona (1938),
dedicada a reviver o espírito do cristianismo celta, restaurou muitos destas
antigas edificações.
[7]
Esta
Arte ou Ciência em particular possui relação estreita com a Arte Real.
[8]
Um
silogismo (do grego antigo συλλογισμός, "conexão de ideias",
"raciocínio"; composto pelos termos σύν "com" e λογισμός
"cálculo") é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a
argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que
se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é
possível deduzir uma conclusão. O silogismo regular é o argumento típico dedutivo,
composto destas três proposições: Premissa Maior (P), Premissa Menor (p) e
Conclusão (c).
[9]
Além de
referir que estes eram Iniciados, também alude que os mesmo engendraram a
construção (Maçom aqui, assume o sentido de Construtor)
da Arca.
[10]
Flávio
Josefo, ou apenas Josefo, também conhecido pelo seu nome hebraico Yosef ben
Mattityahu após se tornar um cidadão romano, como Tito Flávio Josefo se
estabeleceu como historiador e apologista judaico-romano, descendia de uma
linhagem de importantes sacerdotes e reis, e registrou in loco a destruição de
Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano, comandadas
por seu filho Tito, futuro imperador. As obras de Josefo fornecem um importante
panorama do judaísmo no século e serviu de base para importantes obras cristãs
durante a Idade Média.
[11] Contam as
Tradições que esta Coluna teria sido achada por Hermes (Hermarides ou Thot) ou
Euclides.
[12]
Nome
contemporâneo para os territórios em que Sirius era venerado, ou seja, o Egito.
[14]
As três
virtudes teologais.
[15]
Também
se refere a “Pedra Angular” ou “Pedra de Esquina”.
[16]
O termo
“Pedra Perpianhada”, aparece nas Antigas
Obrigações como “Perpend Esler”, é uma importante pedra empregada na
construção de paredes de alvenaria, mas, ainda não é a pedra perfeita de
cantaria qual um membro do Ofício era obrigado a reproduzir como uma peça de
teste nas Lojas operativas. No entanto, os primeiros maçons especulativos denominaram
lhe de “Perfect Ashlar” (Cantaria Perfeita), possivelmente derivando “perpend”
(perpendicular) para “perfect” (perfeito). Em Lojas especulativas o Perfect
Ashlar foi substituído mais tarde pela Pedra Cúbica, finamente polida, usual
das Lojas modernas. A Perpend Ashlar passa através da parede a partir da face
interior para a face externa, prendendo as camadas da parede em conjunto, para
prover uma maior firmeza à construção. As faces das extremidades de um Perpend
Ashlar são trabalhadas para se conformar com os acabamentos das faces expostas
nas paredes, mas todas as outras faces são abrochadas para proporcionar uma boa
ligadura no decurso da construção. O “'broad oval” (ou “broached ornel”) pode
ter sido uma pedra que tinha sido lavrada ou abrochada (broached), ou seja,
picada, recuada, ou franzida. Pritchard, em 1730, cita ainda “Broach'd
Thurnel”, seu texto sugere que "Broach'd Thurnel” foi outra pedra e não
uma ferramenta de pedreiro e seria empregada para o treino dos aprendizes no
manuseio de suas ferramentas, considerando isso, seu estado não deveria ser
(plenamente) polido.
[17] Também pode
se referir ao (tempo do) Apocalipse
(que em grego significa “Revelação” ou “Revelações”).
[18]
Cain é o filho primogênito de Adão e Eva
e havia sido um lavrador. Este nome é associado à forma verbal
"Qanah", que pode significar "obter" ou "provocar
ciúme". Segundo o Gênesis, Cain
teria sido um dos primeiros (não exclusivamente o primeiro) homem nascido de
gravidez normal, resultado das relações sexuais de Adão e Eva. Possuído por
ciúmes, Cain armou uma emboscada para seu irmão Abel. Sugeriu que ambos fossem
ao campo e, lá chegando, Cain matou seu irmão, este teria sido o primeiro
homicídio da história da humanidade. Após ter matado Abel, Cain teria partido
para a "Terra da Fuga, ao leste do Éden" (Nod), levando consigo a sua
esposa. Após o nascimento de seu filho, Enoque, Cain empenhou-se em construir
uma cidade, dando-lhe o nome deste filho. O texto do Gênesis deixa implícito
que Cain poderia ter sido assassinado por seu descendente Lameque, quando fala
sobre o castigo que este enfrentaria, talvez como punição pelos pecados da sua
descendência ímpia. A
história de Achin ou Acã é contatada
em Josué 7 e se refere à época da conquista da Terra Prometida. O Livro de
Josué conta que Deus não ajudou o povo numa conquista porque entre os hebreus
fora cometido um pecado (anátema). Deus então pediu a Josué que descobrisse
quem cometeu o pecado e que essa pessoa fosse condenada, para purificar o povo.
Depois disso Deus voltaria a ajudar o povo. Descobriu-se então que o pecador
tinha sido Acã. Assim ele confessa o pecado: Verdadeiramente, fui eu que pequei contra Yahweh, Deus de Israel, e eis
o que fiz: Vi entre os despojos um belo manto de Senaar e duzentos siclos de
prata e uma barra de outro pesando cinquenta siclos; cobicei-os e os tomei.
Estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata está embaixo
(Josué 7:20-21). Depois dessa confissão, "todo Israel" dominou a
inteira família de Acã e aquilo que tinha tomado entre os despojos e "o
apedrejou, os queimou e os cobriu de pedras" (Josué 7:24). O capítulo 4 de
Atos encerra afirmando que os primeiros seguidores de Jesus não consideravam
suas posses como sendo suas, mas eles tinham tudo em comum para usar o que
tinham em benefício daqueles que precisavam. Barnabé, um levita de Chipre,
vendeu um terreno e doou o lucro para os apóstolos. Eni pode se referir a “Ani”, ou melhor, Ananias, no capítulo 5 junto
a sua esposa Safira vendeu suas terras, mas reteve uma parte das vendas, tendo
decidido que não iriam dar tudo para a bolsa comum. Ananias apresentou a sua
doação para Pedro dizendo que era o valor total. Pedro respondeu: Por que é que Satanás encheu seu coração a
ponto de você mentir ao Espírito Santo?. Pedro salientou que Ananias estava
no controle do dinheiro e poderia dar ou usá-lo como bem entendesse, mas que
ele tinha retido de Pedro e mentiu sobre isso, e afirmou que Ananias não só
mentiu para Pedro, mas também para Deus. Ananias morreu instantaneamente, e todos
os que viram e ouviram o acontecido ficaram com medo. Três horas mais tarde,
sua esposa disse a mesma mentira e sofreu o mesmo destino. Alguns estudiosos
dizem que isto pode ser uma releitura da história de Acã, argumentando que a
história subjacente é de um julgamento em que o casal foi acusado, permitido
explicarem-se, considerados culpados e depois condenados à morte.
[19]
Salatiel(em
hebraico: שאלתיאל, Oração a
Deus, Salatiel) ou São Salatiel é um dos sete arcanjos. Ele é relatado por
estar sempre orando à Deus e orando pelo bem, salvação e saúde das pessoas em
Terra. Salatiel não é relatado na Bíblia ou qualquer livro canônico, mas é
relatado no Terceiro livro de Esdras ou Esdras III, um livro apócrifo.
[20]
Outro
elemento extraído de Esdras, nesta passagem Zorobabel é inquirido pelo Rei
Dario sobre o que no mundo seria mais forte.
[21]
De
acordo com o livro de Gênesis, Jeová-Jiré (ou Yahweh-Yireh, YHWH irá prover),
era um lugar na terra de Moriá. Foi o local do sacrifício de Isaac, quando Deus
disse a Abraão que oferecesse seu filho Isaac como um holocausto. Abraão chamou
o lugar após o Deus prover um cordeiro para sacrificar no lugar de Isaac.
[22]
Uma alusão
aos Magos (ou Magi) Orientais ou Os Três Reis Magos, a palavra de origem persa
significa “homem sábio”.
[23]
Uma
alusão a Estrela de Belém ou da “Casa do Pão”, qual pode ser um alinhamento de
Vênus e Mercúrio que anunciava a Shekinah Divina numa constelação conhecida como “Casa do Pão”.
[24] Uma alusão a
Jesus, o “Logos”, termo de origem graça que significa “Palavra” ou “Verbo”.
[25]
No
original “Cowans” (espiões, impostores ou curiosos etc.), na terminologia
brasileira o equivalente a “Goteira”.
[26]
Em
diferentes versões deste rito há uma mudança do nome deste elemento de
“Característica” para “Caráter” no grau Rosa Cruz, isto pode ser uma variação
casual desta terminologia ou pode ter algum significado alegórico mais
profundo.
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