Acontecia, pois
(que) a terra do Egito (estava) na aflição, (já que) não havia um Senhor (vida,
prosperidade, saúde para ele!) como rei da(quela) época.
-A Contenda de Apepi e Seqenenre
(Papiro Sallier I)
APRESENTAÇÃO
A
busca pela alegórica Palavra Perdida
move e envolve a todo Maçom ávido de
esclarecimento. Esta palavra teria sido perdida com a morte do mestre simbólico
da Maçonaria chamado de Hiram Abiff, personagem que figura nos
livros de Reis e Crônicas do Velho Testamento
e que teria chefiado a construção do Templo
de Salomão em Jerusalém.
Um
ponto de partida para a busca dessa palavra (ou para o que ela simboliza) seria
a busca antes, por seu último detentor, mas, os vestígios históricos sobre os
ancestrais israelitas são parcos, quase inexistentes, tanto que alguns
pesquisadores passaram a interpretá-los como versões da história de outros
povos próximos.
Seguindo
essa vertente, o Egito dado sua
proximidade geográfica e histórica dos israelitas seria um viável candidato
para (tentar) corroborar até certo ponto as narrativas bíblicas, logo, haveria
no Egito um possível candidato a Hiram Abiff[1]
histórico?
Em 1996 os autores Christopher Knight e Robert Lomas lançaram uma obra intitulada de “A Chave de Hiram”, que viria a inovar as teorias acerca de uma possível origem histórica para a Lenda de Hiram Abiff. Valendo-se de algumas descobertas históricas mais recentes e algumas ideias um tanto heterodoxas, propunham que tal Lenda na verdade era uma versão da trajetória de um rei egípcio chamado Seqenenre Tao II.
Em 1996 os autores Christopher Knight e Robert Lomas lançaram uma obra intitulada de “A Chave de Hiram”, que viria a inovar as teorias acerca de uma possível origem histórica para a Lenda de Hiram Abiff. Valendo-se de algumas descobertas históricas mais recentes e algumas ideias um tanto heterodoxas, propunham que tal Lenda na verdade era uma versão da trajetória de um rei egípcio chamado Seqenenre Tao II.
Quando em Julho
de 1881 Emil Brugsch descobriu a múmia do Faraó Ramsés II, no mesmo nicho
estava outro corpo real, pelo menos 300 anos mais velho que o de Ramsés. De
acordo com as marcas esse era o corpo de Seqenenre Tao II,
um dos senhores nativos do Egito forçados a viver no extremo sul de Tebas
durante o período dos hicsos, e como era patente até para os olhos menos
treinados, Seqenenre Tao II havia
encontrado um fim violento. O centro de sua testa havia sido afundado... outro
golpe havia fraturado a órbita de seu olho direito, o lado direito de seu
maxilar e seu nariz. Um terceiro golpe havia sido dado atrás de sua orelha
esquerda, quebrando o mastoide até a primeira vértebra do pescoço. Era aparente
que em vida tinha sido jovem alto e elegante com cabelos negros encaracolados,
mas a expressão fixa em sua face mostrava que havia morrido em agonia. Após a
morte parece não ter sido bem cuidado, pois seu corpo tem todos os sinais de
haver sido abandonado por algum tempo antes da mumificação. Registros egípcios
são silenciosos quanto à morte de Seqenenre Tao II,
mas quase certamente foi pelas mãos dos hicsos/canaanitas. Os terríveis
ferimentos no crânio de Seqenenre Tao II foram causados
por pelo menos duas pessoas atacando-o com uma adaga, um machado, uma lança e
possivelmente um maço.
Ora,
tal descrição do ocorrido com o rei egípcio de fato apresenta semelhanças em
detalhes com a narrativa vista na Lenda de Hiram Abiff:
- Estavam em terras das quais não eram nativos;
- Foram então atacados por mais de um agressor;
- Posteriormente teriam sido golpeados até a morte por estes agressores;
- Haviam sofrido ferimentos idênticos nestes ataques;
- E, tiveram seus cadáveres temporariamente relegados.
Mas
quem teria sido esse rei que a trajetória de fato apresentava tanta semelhança
com o herói maçônico conhecido como Hiram
Abiff?
SEQENENRE TAO II
A 17ª Dinastia ocorreu durante o Segundo Período Intermediário da
história do antigo Egito, época, em
que o país havia sido dominado por povos estrangeiros. Seqenenre Tao II havia sido um dos reis deste período e foi morto enquanto
transcorriam os conflitos contra esses povos, nas imagens abaixo é possível ver
sua múmia em uma disposição atípica e quase poética:
Seqenenre Tao II teria sido vítima de algum tipo de atentado ou uma
baixa de guerra, sua múmia foi identificada em 1886 pelo egiptólogo Gaston Maspero[2],
que supôs: “Dois ou três homens, sejam assassinos ou soldados, devem ter o
cercado e o matado antes que qualquer ajuda fosse possível.”.
Um
exemplo bem preservado deste período belicoso, a múmia do rei Seqenenre Tao II (atualmente no Museu do Cairo) apresenta ferimentos na
cabeça infligidos muito provavelmente numa luta. Infere-se como consequência daqueles
tempos aguerridos[3] o descuido no embalsamamento de seu corpo. Os
órgãos internos foram extraídos através de uma incisão no lado esquerdo do
abdómen e a cavidade foi preenchida com linho. A cabeça não recebeu qualquer
tratamento, encontrando-se o cérebro ainda exposto.
O momento
histórico no qual Seqenenre Tao II estava
inserido se deu por volta de 1775 a 1580 A.C., nesta época povos asiáticos que
ficariam conhecidos como hicsos,
pastores de origem semita, tomaram aos poucos o país. Este foi um período no qual
ocorreram diversas transformações, da sabedoria tradicional para uma mais
cultura formal, neste contexto, o emprego da escrita tornou-se de vital
importância. Exaltou-se a técnica instrutiva priorizando-se a habilidade manual
na grafia.
O domínio
estrangeiro até trouxe de fato, algumas inovações técnicas para o Egito, os hicsos introduzem a utilização do bronze, da cerâmica e dos teares,
instrumentos de guerra diversos que incorporavam o uso de cavalos e das
carruagens, e estilos musicais, assim como novas raças de animais e métodos de
colheita.
Entretanto,
o domínio deste povo estrangeiro foi forçado e se deu, sobretudo pelo uso
elementos militares que os egípcios desconheciam. Usavam instrumentos de guerra
estranhos aos egípcios, como veículos de tração animal, armaduras e novos tipos
de armas de bronze. No primeiro século de ocupação, o povo hicso limitou-se a ocupar a porção oriental do delta do rio Nilo, mas, após a fundação da cidade de Avarís submeteram todo o delta e parte
do Alto Egito. Os hicsos
exerceram domínio na região até 1570 A.C., quando, liderados por Amosses, os egípcios iniciaram sua investida
de retomada e expansão, iniciando, assim, uma nova dinastia e inaugurando o
novo período da história egípcia, o Império
Novo.
CAOS E ORDEM
A
religião egípcia sempre foi adjacente aos fluxos astrológico-astronômicos e
como tal o Sol figurava como elemento
central em suas narrativas. Este astro sempre foi associado às maiores
divindades da época como Rá, Amon, Osíris, Hórus e Aton, o Sol impunha organização à influência dos céus sobre o mundo e aos
ciclos da natureza sobre a terra.
A
ausência do Sol por sua vez,
logicamente estaria associada ao caos, que era normalmente simbolizado por
divindades ofídicas como Seth e Apep, que não recebiam culto de praxe,
mas na realidade, eram execradas pela população.
O
povo hicso, de alguma forma parecia render
alguma predileção pelo culto a divindades ofídicas, mas, se este era um costume
primitivo antes da migração ao Egito
ou se lá foi (provocantemente) assumido é incerto. O fato é, que dado ao “caos”
(em oposição à velha ordem) trazido pela a ocupação hicsa e sua aberta predileção por divindades tipicamente execradas,
a contenda entre esses povos deixou de ser apenas politica e passou também a um
teor espiritual.
O
rei hicso contemporâneo (e opositor)
a Seqenenre
Tao II havia
tomado para si o nome de Apepi (I), que derivava da
divindade Apep[4],
uma criatura em forma de serpente que combatia o deus Rá[5]
(divindade solar) ao cair de cada noite, sendo sempre morta, mas sempre
ressuscitando. Apep é a
personificação do próprio caos, destruição e do mal na religião egípcia. Para
os egípcios, quando ocorria um eclipse, era o corpo gigantesco de Apep, oprimindo o Sol e sua luz, enquanto tentava destruir a Barca de Rá e devorá-lo.
Como
outra afronta, Apepi havia assumido o
nome real egípcio de A-user-re ou
"Grande e Poderoso como Rá", igualando-se a divindade principal do
panteão egípcio e dileta na crença de Seqenenre Tao II, Apepi com isso reforçava o caráter espiritual
(e ideológico) do conflito entre aqueles povos. No drama que se desenrolava, Seqenenre
Tao II acabou
por naturalmente assumir um papel solar em oposição a Apepi.
Apesar
de possuírem o poder de fato, a realeza hicsa
ainda não o possuía de direto sobre o Egito,
o que de certa forma ameaçava seu domínio. Para sobrepor a esta situação os
estrangeiros precisavam avidamente do conhecimento dos mistérios reais próprios
à realeza egípcia “oficial”, no intuito de validar e/ou formalizar o direito
divino de governo sob o Egito
conforme os costumes da época.
Tal
intenção fica evidente com a tentativa de “sabotagem ritualística” perpetrada
por Apepi contra Seqenenre
Tao II. O rei hicso numa irônica correspondência a Seqenenre Tao II solicita que este dê
jeito no ruído gerado pelos hipopótamos que habitavam suas terras (que estavam
a quilômetros de distância). A primeira vista, esse pedido pode parecer uma
simples provocação, mas os hipopótamos
eram elemento fundamental num ritual de sagração real. O propósito desse ritual
era comemorar a vitória de Hórus[6]
sobre seus inimigos, sua coroação como Rei
das Duas Terras[7] e seu triunfo definitivo sobre aqueles
que a ele se opusessem. Apepi
novamente tentava minar Seqenenre Tao II no plano espiritual.
O ASSASSÍNIO DO REI
O
rei Seqenenre
Tao II
estava em meio a uma grande batalha espiritual contra Apepi, que para ele representava a força das antigas trevas (a
serpente Apep), e para isso ele precisava de todo o poder (solar) de Rá para tornar-se vitorioso. Todos os
dias deixaria o palácio real de Malkata
para visitar o Templo de Rá ao
meio-dia, quando o sol estava em seu meridiano e um homem não projetava
praticamente nenhuma sombra ou nódoa de escuridão na terra. Com o sol em seu
zênite o poder de Rá estava em seu ápice
e o da serpente das trevas Apep ao socairo[8].
Numa
ocasião que Seqenenre
Tao II estaria
desavisado e desprotegido, conspiradores (ou traidores) enviados por Apepi tentaram arrancar os mistérios reais
dos dois sumo-sacerdotes[9] de
Rá e, tendo falhado em seus intentos,
os assassinaram, passando a espreitar pelo próprio rei, cada um em uma das
diferentes saída do Templo de Rá.
Quando
Seqenenre Tao II teria terminado suas preces ele se dirigido
para a porta do sul, teria sido abordado pelo primeiro dos três homens, que lhe
exigiu os segredos dos mistérios. Ele teria permanecido firme e enfrentado a
todos. A cerimônia do 3° Grau
maçônico relataria o que aconteceu nesse dia há três mil e quinhentos anos no Templo de Rá em Tebas[10]:
...terminadas
suas orações, preparou-se para sair pelo Portal Sul, onde foi abordado pelo
primeiro desses rufiões que, na falta de melhor arma, havia se armado com uma
régua. De maneira ameaçadora exigiu de nosso Mestre, Seqenenre
Tao II, os verdadeiros segredos reais, avisando-o de
que a morte seria a consequência de sua recusa: mas fiel à sua obrigação este
replicou que esses segredos eram conhecidos apenas por três homens em todo o
mundo, e que sem o consentimento dos outros dois ele não poderia e nem
efetivamente os divulgaria...
E que falando
por si mesmo, preferia sofrer a morte a trair a sagrada confiança nele
depositada.
Esse
retorno não sendo satisfatório, o rufião deu um forte golpe na cabeça de nosso
Mestre, mas abalado por sua postura firme, apenas conseguiu acertar-lhe a
têmpora direita, ainda assim com força suficiente para que ele pendesse e
caísse ao chão sobre o joelho esquerdo.
Recobrando-se
dessa situação, ele correu ao Portal Ocidental, onde foi oposto pelo segundo
rufião, a quem respondeu como antes, ainda com firmeza não diminuída quando o
rufião, que armado com um esquadro aplicou-lhe um violento golpe na têmpora
esquerda que o fez cair ao solo sobre seu joelho direito.
Percebendo que
todas as chances de escapar por esses dois portões estavam perdidas, nosso
Mestre cambaleou fraco e sangrando, até o Portal Oriental onde o terceiro
rufião estava colocado. O rufião recebendo uma resposta idêntica às suas
insolentes exigências, pois nosso Mestre permaneceu fiel à sua obrigação mesmo
em seu momento mais difícil, deu-lhe um violento golpe no centro da testa com
um pesado malhete de pedra, que o deixou sem vida a seus pés.
Os verdadeiros segredos reais
haviam sido perdidos como a vida de Seqenenre Tao II, que preferiu morrer a confessar tais segredos
que acabariam por dar posse do reino aos inimigos, morreu como mártir defendendo
a Maat[11] e
galgou o título de “O Intimorato”[12].
DE REI A ARQUITETO
Ian
Wilson, em “The Exodus Enigma”, pondera sobre a múmia de Seqenenre Tao II: Essa descrição também se encaixa
perfeitamente com nossa Lenda de Hiram, em todos os aspectos. Um detalhe
interessante é que Seqenenre Tao II é a única
múmia de rei que levou fim violento. Mais do que natural que se tornasse uma
Lenda. Mas, questões
pertinentes da ligação da Lenda de Hiram Abiff e a trajetória de Seqenenre
Tao II ainda
restam:
- Por que Seqenenre Tao II é lembrado como um construtor?
- Como se tornou associado à ideia do Templo de Salomão?
A primeira é
que Seqenenre Tao II fora o protetor
da Maat, o princípio de verdade e
justiça que é representado pela construção das fundações niveladas e aprumadas
de um Templo, além isso, como rei
certamente foi patrono das obras de seu reino e em última instância dirigente dos
trabalhos dos construtores.
Quanto à
segunda parte, os israelitas possivelmente tiveram acesso direto a essa
história dramática, que foi depois reencenada como substituta aos mistérios
originais que foram perdidos e posteriormente usada pela Casa Real de David como sustentadora da estrutura de segredos reais
que seus novos e desataviados monarcas não compartilhavam ou conheciam.
No período
do cativeiro da Babilônia, numa
investida de se manter coesa a identidade cultural daqueles israelitas, seus
sacerdotes passaram a expurgar todos os estrangeirismos de suas práticas. O rei
egípcio morto no Templo de Rá deveria
ser substituído por um equivalente israelita. Então, quais (importantes) Templo e rei de sua história poderiam
servir de cenário para essa recriação? Obviamente o Templo de Salomão em Jerusalém
seria a melhor opção!
Entretanto,
novo o herói da história judaica não poderia ser o Rei Salomão porque sua história era bem conhecida e não alinhava
com todos os elementos necessários do rito. Portanto o inseriram num papel que
seria a melhor opção depois disso, o construtor do grande Templo!
A nobre morte
de Seqenenre Tao II teria marcado a
ressurreição da maior civilização do mundo e o ponto no qual os verdadeiros
segredos reais do Egito se perderam
para sempre. Os segredos substitutos foram criados para prover o necessário
rito de passagem para os futuros reis e seus sacerdotes mais próximos, mas o
direito absoluto de reinar que estava embebido nos segredos originais e não poderia
ser passado adiante pelos mistérios[13]
que haviam restado...
OS NOVOS MISTÉRIOS
Com o
assassínio dos sumos-sacerdotes e do rei os antigos mistérios reais estavam
perdidos, mas, o inimigo hicso ainda
existia e seria necessária uma liderança formal para unificar o povo e
combatê-lo, um novo rei deveria ser feito para derrotar o caos e as trevas! Mas
como, se os mistérios reais da feitura de reis haviam sido para sempre
perdidos?
O rei foi
morto sem que seu sucessor tivesse sido sagrado, haveria precedente para isso
na história egípcia? Ora, tal ocorrido não só possuía um precedente como era célebre
entre aquele povo: O Assassínio de Osíris!
Osíris era uma divindade solar qual teria
unificado e governado as terras do Egito
em tempos primitivos, ele havia sido morto por seu irmão Seth (como Hiram foi morto
por um irmão-de-ofício), teve seu
corpo (desmembrado e) ocultado e posteriormente resgatado (como Hiram). Após o resgate de seu corpo, Osíris foi temporariamente ressuscitado
por sua esposa Isis para que pudessem
gerar um sucessor que viria a ser Hórus.
Hórus reencarnando o rei antes morto,
mesmo perdendo um olho em combate, derrota a serpente usurpadora Seth e retoma o governo do Egito restaurando a Maat e trazendo nova
prosperidade ao reino. Osíris então
passa a governar o reino espiritual enquanto Hórus governa o reino terreno.
Essa
narrativa já servia a muito para embasar as sucessões políticas e espirituais
dos faraós no Egito, e poderiam muito
bem junto aos eventos da morte de Seqenenre
Tao II preencher a lacuna ritualística da realeza que havia surgido. Um
novo rito haveria sido constituído utilizando elementos de ambas narrativas e Seqenenre Tao II antes identificado com
Rá agora seria agora a representação
de outra divindade solar, Osíris e
seu sucessor um seria novo Hórus[14].
Kamose o filho mais velho de Seqenenre Tao II teria então sido “iniciado”
num novo rito onde a morte de seu pai era reencenada junto a aspectos da morte de Osíris e onde ele mesmo assumia o papel de Hórus. Como um novo ritual de feitura de reis composto e
concretizado o Egito já dispunha de
uma liderança formal que pudesse reunir seu contingente para o combate contra
os hicsos. Seqenenre Tao II torna-se o faraó do reino espiritual enquanto Kamose o faraó do reino terreno e assim
a verdadeira dinastia prevaleceria.
Eventualmente
tal ritual teria sido conhecido pelos ancestrais israelitas proeminentes (então
habirus) que vivam no Egito[15]
e que posteriormente o trouxeram ao cativeiro da Babilônia quando este sofreu modificações até se tornar uma
primitiva Lenda de Hiram Abiff, qual
veio alicerçar o ritual de exaltação dos maçons por todo o mundo...
Autoria de Tiago Roblêdo M\ M\
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REFERÊNCIAS
As
Chaves de Salomão: O Falcão de Sabá, Ralph Ellis
A
Chave de Hiram, Christopher Knight e Robert Lomas
[1]
Além do abordado nessa peça sobre uma possível
origem egípcia para Hiram Abiff, é pertinente a observação das figuras
históricas conhecidas como Neferhotep e Haremsaf, ambos construtores da
antiguidade daquele país.
[2]
Após 1881quando Emil Brugsch descobriu o nicho
estavam diversos corpos reais.
[3] Um ponto interessante acerca da contenda refere-se
a ser ela o primeiro texto cronologicamente de uma sequência de escritos, de
diferentes civilizações e dos mais variados períodos históricos.
[4] Ou Apophis em grego, também conhecida como Apófis.
[5]
Rá ou
Ré é a divindade deus do Sol do Antigo Egito. No período da Quinta Dinastia se
tornou uma das principais divindades da religião egípcia, identificado
primordialmente com o Sol do Meio-Dia. O principal centro de seu culto era a
cidade de Heliópolis (chamada de Inun, "Lugar das Colunas", em
egípcio).
[6]
Hórus
nasceu da deusa Isis depois que ela recuperou as partes do corpo desmembrado de
seu marido assassinado (por Seth, outra divindade ofídica) Osíris ressuscitando-o
temporáriamente para conceber seu filho e sucessor. Hórus era associado ao céu e
considerado conter também o Sol e a Lua sendo costumeiramente representado com
a cabeça de um falcão. Muitos autores apontam similaridades da morte do pai de
Hórus (que era o Filho de uma Viúva), Osíris, com a morte de Hiram Abiff além
de associarem Hórus e Osíris aos santos João Evangelista e Batista (respectivamente
o Sol nascente ou de verão e poente ou de inverno).
[7] Materialmente
o Alto e Baixo Egito e espiritualmente a Terra dos Vivos e a Terra dos Mortos.
[8]
Lenda
de Hiram Abiff narra: "enquanto nosso Mestre Hiram Abiff se recolhia para
prestar suas homenagens ao Mais Alto, como era seu costume, sendo a hora do
meio-dia", no contexto de Seqenenre Tao II esta narrativa toma novo
sentido, sendo o “Mais Alto” uma alegoria ao Sol do meio-dia.
[9] Em alusão aos
2 Vigilantes da Loja Maçônica.
[10] Para que a
comparação se tornasse mais nítida os nomes originais foram alterados para os
nomes egípcios.
[11]
Uma das características do Egito antigo era a
necessidade de ordem. As crenças religiosas egípcias não tinham grande conteúdo
ético, mas em termos práticos havia um reconhecimento geral de que a justiça
era um bem tão fundamental que era parte da ordem natural das coisas. O
juramento solene do Faraó ao apontar seu vizir deixava isso bastante claro: a
palavra usada, Maat (nome da divindade da ordem, justiça e verdade),
significava alguma coisa mais compreensível que agir bem. Originalmente o termo era físico: significava nivelado,
ordenado, e simétrico como as fundações de um templo, mais tarde passou a
significar retidão, verdade, justiça num interessante paralelo com a Maçonaria
Operativa e Especulativa.
[12] Adjetivo que significa sem temor, corajoso, destemido.
[13]
Mistério
vem do grego, mystérion, coisa ou conhecimento secreto, tem relação com a ação de
guardar sigilo; o verbo é mýein, fechar, se fechar, calar, mýstes, que se
fecha, o que guarda segredo, hermético, o iniciado.
[14]
Coincidências
ou não, existem, Seqenenre Tao II como Hórus perdeu o olho em combate contra a
serpente tendo em jogo o governo da nação e a ordem do mundo (Maat). Outro
ponto coincidente, o autor Ralph Ellis identifica que o nome de Hiram Abiff se
trazido ao egípcio significaria “O Filho de Hórus”.
[15]
Possivelmente
pelo próprio Moisés, identificado como primeiro venerável ao presidir a
primeira Loja no Tabernáculo (que serviria de modelo ao Templo de Salomão).
Poderoso Ir.´. gostaria de saber o motivo de não mais ter postados seus textos?, pois são de rara beleza e tenho usado, inclusive no meu blog, fazendo referência s seu nome.
ResponderExcluirTFA
José Roberto CARDOSO